Wall Street sobe após dados de preços ao produtor mais brandos aumentarem apostas de corte nos juros
Por Abigail Summerville
(Reuters) - Os índices acionários dos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira e atingiram o maior nível em quase duas semanas, depois que dados mais brandos sobre os preços ao produtor norte-americano reforçaram as apostas de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em setembro.
Os preços ao produtor dos EUA aumentaram menos do que o esperado em julho, conforme uma alta no custo de bens foi atenuada por serviços mais baratos, um sinal de que a inflação continuou a moderar. No período de 12 meses até julho, o índice de preços ao produtor avançou 2,2%, depois de ter subido 2,7% em junho.
Investidores agora aguardam os cruciais números dos preços ao consumidor norte-americano de julho, na quarta-feira, e os dados das vendas no varejo, na quinta-feira, para firmar as apostas em um corte agressivo da taxa básica pelo banco central dos EUA.
"O número do núcleo do índice de preços ao produtor reforça a narrativa de que o Fed tem feito um excelente trabalho para manter a inflação relativamente sob controle e que o mais provável é que haja um corte nos juros mais cedo ou mais tarde", disse Michael James, diretor-gerente de negociação de ações da Wedbush Securities.
"Amanhã de manhã, teremos o print do índice de preços ao consumidor. Qualquer dado terá uma influência desproporcional sobre o mercado, porque as pessoas estão muito nervosas no momento."
Operadores agora veem 55% de chance de um corte de 50 pontos-base na taxa de juros pelo banco central dos EUA, em comparação com menos de 50% antes do relatório, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
O Dow Jones subiu 1,04%, para 39.765,64 pontos. O S&P 500 ganhou 1,68%, para 5.434,43 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq ganhou 2,43%, para 17.187,61 pontos.
Os setores de tecnologia da informação e de consumo discricionário foram os de melhor desempenho.
As ações do setor de energia recuaram devido à queda dos preços do petróleo, uma vez que a decisão da Opep de cortar sua previsão de crescimento da demanda em 2024 atenuou os temores de riscos de oferta representados pelo aumento do conflito no Oriente Médio. [O/R]
((Tradução Redação Brasília))