Ibovespa avança e se aproxima de máxima histórica; Natura&Co desaba
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta terça-feira, favorecido pelo viés positivo em Wall Street, com CSN Mineração entre os destaques de alta após resultado trimestral, enquanto Natura&Co figurava entre as maiores quedas após pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos pela subsidiária Avon Products (API).
Por volta de 11:10, o Ibovespa subia 0,8%, a 132.169,62 pontos, buscando a sexta alta consecutiva. No melhor momento, chegou a 132.319,17 pontos, maior patamar intradia desde o começo de janeiro e perto do recorde intradia apurado no último pregão de 2023, de 134.391,67 pontos.
O volume financeiro somava 4,75 bilhões de reais.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 avançava 0,77%, endossado por dados de preços ao produtor mostrando alta menor do que o esperado em julho, uma vez que o aumento no custo dos produtos foi atenuado por serviços mais baratos, em mais um indicativo de que a inflação continua se moderando.
O dado antecede a divulgação DO índice de preços ao consumidor dos EUA na quarta-feira, em um momento, conforme destacou a equipe da Commcor, no qual operadores de todo o mundo tentam balizar as apostas no tamanho do primeiro corte de juros nos EUA, que vem sendo precificado para ocorrer em setembro.
Novos balanços corporativos também eram avaliados nesta sessão, entre eles CSN Mineração, CSN, MRV&Co e Natura&Co, com uma bateria reservada para o final do dia, incluindo os números de Localiza, JBS, Rede D'Or, Raízen, LWSA, Azzas 2154, Cemig, Eneva e Allos, entre outros.
Ainda no radar estava o rebalanceamento de índices MSCI divulgado na véspera, que entra em vigor no fechamento do dia 30 de agosto.
As ações de empresas brasileiras adicionadas ao MSCI Global Standard foram Nubank, XP, Embraer, Stone, PagBank e Inter. Em contrapartida, Lojas Renner e Eneva foram excluídas, conforme divulgado pelo MSCI.
DESTAQUES
- NATURA&CO ON desabava 9,04%, após a fabricante de cosméticos reportar na véspera aumento no prejuízo no segundo trimestre, além de pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos da subsidiária não operacional Avon Products (API), da qual é a maior credora.
- CSN MINERAÇÃO ON disparava 7,3%, na esteira do balanço do segundo trimestre, com alta de 47,4% no Ebitda ajustado ano a ano, para 1,6 bilhão de reais, com expansão de 18,3 pontos percentuais na margem, a 48,7%. CSN ON, que também reportou balanço, subia 2,14%.
- EMBRAER ON valorizava-se 4,05%, com a empresa confirmando na véspera encomenda de oito aviões modelo E190-E2 pela Virgin Australia, que será adicionada à sua carteira de pedidos do terceiro trimestre. A Reuters antecipou que a empresa estava prestes a receber tal pedido.
- JBS ON mostrava elevação de 3,52% antes da divulgação do balanço do segundo trimestre após o fechamento dos negócios nesta terça-feira. Analistas do Goldman Sachs esperam que a companhia relate lucro sólido, dada a sua exposição ao aquecido mercado global de frango
- MRV&CO ON caía 2,23%, em meio à repercussão de prejuízo líquido consolidado de 71,3 milhões de reais no segundo trimestre, em resultado impactado por efeitos de operações financeiras e outros efeitos não recorrentes. Excluindo tais efeitos, o lucro líquido ajustado somou 29,35 milhões de reais.
- VALE ON perdia 0,19%, acompanhando o movimento dos futuros do minério de ferro em Cingapura, onde o vencimento de referência recuava 1,13%. Na Bolsa de Mercadorias de Dalian, na China, o contrato mais negociado fechou estável.
- PETROBRAS PN tinha acréscimo de 0,19%, enquanto PETROBRAS ON cedia 0,22%, em dia de queda dos preços do petróleo no exterior, com o barril de Brent sendo negociado em baixa de 1,12%.
- ITAÚ UNIBANCO PN subia 1,04%, em mais um dia positivo para os papéis dos bancos do Ibovespa, com BANCO DO BRASIL ON em alta de 0,81%, BRADESCO PN avançando 1,09% e SANTANDER BRASIL UNIT ganhando 0,73%. BTG PACTUAL UNIT, que divulga balanço na quarta-feira, antes da abertura, valorizava-se 1,03%.