BC do Japão reduzirá previsão de crescimento e projetará inflação em torno da meta, segundo fontes

Publicado em 10/07/2024 08:41

Por Leika Kihara

TÓQUIO (Reuters) - O Banco do Japão provavelmente reduzirá a previsão de crescimento econômico deste ano em julho, mas projetará que a inflação permanecerá em torno de sua meta de 2% nos próximos anos, disseram fontes, mantendo viva a chance de um aumento da taxa de juros neste mês.

O banco central divulgará novas previsões trimestrais de crescimento e de preços em sua próxima reunião de política monetária, nos dias 30 e 31 de julho, e debaterá se aumentará os juros dos atuais níveis próximos de zero.

Uma rara redução não programada dos dados históricos do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão provavelmente levará a um ligeiro corte na previsão de crescimento do banco central para o atual ano fiscal, disseram três fontes familiarizadas com seu raciocínio.

No entanto, o Banco do Japão provavelmente não fará grandes mudanças em suas previsões para o PIB nos anos fiscais de 2025 e 2026 e manterá sua visão de que a economia continua no caminho certo para uma recuperação moderada, disseram eles.

Em suas últimas previsões, feitas em abril, o banco esperava crescimento da economia de 0,8% no ano corrente, que termina em março de 2025, antes de expandir para 1,0% nos anos fiscais de 2025 e 2026.

A inflação, medida por um índice que exclui alimentos frescos e custos de energia, deverá atingir 1,9% em 2024 e 2025, e acelerar para 2,1% em 2026.

"A redução do PIB é algo do passado que não afeta muito a avaliação econômica do Banco do Japão", disse uma das fontes, opinião que foi compartilhada por outra. "Em suma, tudo está no caminho certo", disse a primeira fonte.

O Banco do Japão também vai manter sua previsão de que a inflação ficará em torno de sua meta de 2% até o início de 2027, disseram eles.

"Não houve muitos dados que exigissem que o Banco do Japão mudasse sua visão sobre a tendência mais ampla dos preços", disse uma terceira fonte.

As fontes falaram sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.

(Reportagem adicional de Takahiko Wada)

Fonte: Reuters

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