Minério de ferro sobe com demanda firme de curto prazo e esperanças de estímulo da China
Por Amy Lv e Mei Mei Chu
PEQUIM (Reuters) - Os preços futuros do minério de ferro subiram pela quarta sessão consecutiva nesta quarta-feira, atingindo o nível mais alto em quatro semanas, apoiados pela demanda firme de curto prazo na China, principal mercado consumidor do minério, e pelas expectativas persistentes de mais estímulos nas próximas semanas.
O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de quase 2,6%, a 864 iuanes (118,79 dólares) a tonelada, uma máxima desde 3 de junho.
O minério de ferro de referência para agosto na Bolsa de Cingapura subiu 3,1%, para 113,35 dólares a tonelada, o maior valor desde 7 de junho.
"Os sinais positivos do estímulo ao setor imobiliário melhoraram o sentimento do mercado e ajudaram a elevar os preços do minério de ferro", disseram os analistas da Huatai Futures em uma nota.
Pequim revelou uma série de medidas de estímulo para reavivar seu mercado imobiliário em dificuldades -- segmento que é o maior consumidor de aço.
"A produção de metal quente entre as siderúrgicas permaneceu alta e a menor chegada de sucata de aço também ressaltou a demanda firme de minério", acrescentaram os analistas da Huatai.
Os volumes de transações de minério de ferro no porto subiram quase 28% em relação à segunda-feira, para 1,12 milhão de toneladas na terça-feira, segundo dados da consultoria Mysteel.
"Embora a estabilização das perspectivas macroeconômicas tenha fornecido algum suporte, o mercado ainda espera mais apoio político na próxima reunião do terceira plenária para reanimar o setor imobiliário", disseram analistas do ANZ em uma nota.
A terceira plenária será realizada de 15 a 18 de julho, com foco no aprofundamento das reformas e na promoção da modernização da China.
As ações de empresas chinesas do setor imobiliário listadas em Hong Kong subiram na terça-feira, depois que dados privados mostraram que as quedas nas vendas anuais das principais incorporadoras chinesas continuaram a diminuir em junho.
(Reportagem de Amy Lv e Mei Mei Chu)