Órgão regulador barra aquisição pela Minerva de plantas da Marfrig no Uruguai

Publicado em 21/05/2024 18:34 e atualizado em 22/05/2024 07:13

SÃO PAULO (Reuters) -A autoridade concorrencial uruguaia Coprodec informou nesta terça-feira que rejeitou um pedido da Minerva para a compra de três unidades de abate da Marfrig no país.

No documento, a Coprodec indicou que as medidas de mitigação propostas pela Minerva não foram suficientes para evitar um impacto anticoncorrencial no mercado de carne bovina do Uruguai.

Em comunicado ao mercado, a Minerva disse que está avaliando os termos da decisão da Coprodec e que deve apresentar recurso "nos próximos dias".

A proprosta de aquisição dos ativos no Uruguai faz parte de um negócio mais amplo anunciado em agosto, pelo qual a Minerva pretende comprar um total de 16 unidades de abate da Marfrig na América do Sul, por 7,5 bilhões de reais.

Em documentos separados, tanto a Minerva quanto a Marfrig disseram que as três fábricas no Uruguai estão avaliadas em 675 milhões de reais, acrescentando que a decisão do órgão regulador uruguaio não afeta os planos de aquisição de plantas de abate no Brasil, Chile e na Argentina pela Minerva.

O fechamento das demais operações na América do Sul ainda está sujeito a determinadas condições precedentes, como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), disse a Minerva em comunicado.

O Ministério da Economia do Uruguai, responsável pela autoridade antitruste do país, não comentou a decisão.

(Reportagem de André Romani em São Paulo e Lucinda Elliott em Montevidéu; reportagem adicional de Patrícia Vilas Boas)

((Tradução Redação São Paulo))

REUTERS PVB FDC

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dow Jones atinge recorde de fechamento após dados econômicos favoráveis dos EUA
Dólar à vista fecha em alta pela 5ª sessão apesar de intervenções do BC
Ibovespa tem melhor mês do ano com expectativa sobre juros nos EUA
Taxas longas de juros futuros disparam com temor fiscal após alta da dívida bruta no Brasil
S&P fecha em alta após dados econômicos favoráveis dos EUA
Desemprego baixo não provoca "inflação grande" em serviços, mas preocupa, diz Campos Neto