Em março, vendas no varejo ficam estáveis (0,0%)

Publicado em 08/05/2024 12:56

Em março de 2024, o volume de vendas do comércio varejista apresentou estabilidade (0,0%), frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, houve alta de 1,0%. A média móvel trimestral cresceu 1,2% no trimestre encerrado em março.

Na série sem ajuste sazonal, o varejo teve crescimento de 5,7% em março de 2024 na comparação com março de 2023, após alta de 8,1% em fevereiro.

No ano, o acumulado é de 5,9%. Já nos últimos 12 meses, resultado é alta de 2,5%.

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas na passagem de fevereiro para março de 2024 teve variação de -0,3% após aumento de 1,0% no mês anterior.

A evolução do índice de média móvel trimestral para o varejo ampliado, depois do avanço de 0,7% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024, avançou em 1,0% no trimestre encerrado em março de 2024.

Ainda no varejo ampliado, o volume de vendas recuou 1,5% em março de 2024 na comparação com março de 2023, após 9,7% de crescimento em fevereiro de 2024 em relação a fevereiro de 2023.

No acumulado do ano, o setor tem alta de 4,6%, e nos últimos 12 meses, o resultado é crescimento de 2,9%.

Com a estabilidade registrada em março, após a expansão de janeiro e fevereiro, o nível recorde da série do índice de base fixa ajustado sazonalmente se desloca de fevereiro para março de 2024. O terceiro resultado não negativo na série de volume, do mês contra mês anterior, representa uma diferença de patamar de 3,8% em relação a dezembro de 2023, último mês a registrar queda (mínimo local). Com isso, o varejo fecha o primeiro trimestre de 2024 com crescimento de 5,9% em relação ao mesmo período de 2023, sexta alta consecutiva nessa comparação.

Sete das oito atividades têm taxa negativa em relação a fevereiro

Em março de 2024, na série com ajuste sazonal, houve predominância de taxas negativas, atingindo sete das oito atividades pesquisadas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-8,7%), Móveis e eletrodomésticos (-2,4%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%), Combustíveis e lubrificantes (-0,6%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%). Apenas Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,4%) apresentou alta no mês.

Já, no comércio varejista ampliado, Material de construção registrou -0,4% entre fevereiro e março, enquanto Veículos e motos, partes e peças caiu 1,4% no período.

Cinco atividades do varejo recuam frente a março de 2023

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, em março de 2024 houve predominância de taxas negativas, com cinco das oito atividades registrando recuo: Livros, jornais, revistas e papelaria (-16,2%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,4%), Combustíveis e lubrificantes (-4,9%), Móveis e eletrodomésticos (-4,0%) e Tecidos, vestuário e calçados (-0,9%).

Três setores apresentaram crescimento nesta comparação: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,1%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (11,4%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,6%). Considerando o comércio varejista ampliado, houve queda em Material de construção (-9,4%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-23,0%). A atividade de Veículos e motos, partes e peças teve alta de 1,8% nesta mesma comparação.

O setor de Livros, jornais, revistas e papelaria registrou queda, em março de 2024, de 16,2% nas vendas frente a março de 2023, 14ª consecutiva e a maior desde setembro de 2023, quando registrou -18,3% na comparação com setembro de 2022. No ano, o setor acumula perdas de 9,4% até março. No indicador dos últimos 12 meses, também registra perdas, de -8,6% até março.

O agrupamento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou queda de 12,4% nas vendas frente a março de 2023, invertendo trajetória registrada nos meses anteriores (4,3% em janeiro e 10,7% em fevereiro). Com isso, no ano o acumulado passa para -0,3% até março. Nos últimos 12 meses, há diminuição na intensidade de crescimento, passando para 0,8% até março de 2024.

O setor de Combustíveis e lubrificantes desacelerou em 4,9% no volume das vendas frente a março de 2023, segundo resultado negativo consecutivo e o sétimo nos últimos nove meses. A atividade exerceu a maior contribuição, no campo negativo, dentre os oito setores pesquisados, somando -0,6 p.p. ao total de 5,7% do varejo. Em relação ao acumulado no ano, ao passar para -1,6% em março, a atividade mostra inversão no ritmo de crescimento. Nos últimos 12 meses o resultado é similar: 0,9% até fevereiro e -0,6% até março.

O setor de Móveis e eletrodomésticos teve queda de 4,0% nas vendas frente a março de 2023, invertendo sinal em relação ao mês anterior, quando foi de 3,8%. Em termos de influência, a atividade alcançou a segunda maior contribuição negativa ao indicador geral: -0,3 p.p. do total de 5,7%. Em relação ao acumulado no ano, o resultado até março foi de -0,2%, primeiro mês a registrar perdas para este indicador desde dezembro de 2022. Nos últimos 12 meses, houve diminuição do ritmo de ganhos: de 0,9% até fevereiro para 0,4% até março.

A atividade de Tecidos, vestuário e calçados apresentou queda de 0,9% nas vendas frente a março de 2023, segunda consecutiva e a 10ª no campo negativo, na comparação interanual, desde janeiro de 2023. No ano, o setor acumula perdas de 0,3% até março. Pelo 17º mês consecutivo o indicador do acumulado dos últimos 12 meses registra resultados negativos, sendo de -3,7% até março.

Em Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., o indicador interanual registrou alta de 13,1% em março de 2024, segundo crescimento consecutivo após 21 meses apresentando quedas. A atividade também mostra recuperação em relação ao acumulado no ano, passando para 6,6%. O mesmo não acontece em termos do resultado acumulado nos últimos 12 meses, que registra perdas de 7,2% até março.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 11,4% nas vendas frente a março de 2023. Ao todo, são 13 meses consecutivos registrando crescimento: a última vez que houve queda para o setor foi em fevereiro de 2023 (-0,5%). O aumento contribuiu em 1,2 p.p. para o total de 5,7% do varejo, segunda maior influência no campo positivo para o mês de março. Com isso, o setor acumula no ano, até março, 12,2% sob o mesmo período de 2023. Nos últimos 12 meses, o acúmulo é de 7,7% até março, somando 78 meses consecutivos de resultados positivos para este indicador.

Pelo oitavo mês consecutivo, o setor de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresenta resultado positivo na comparação interanual, registrando 8,6% de crescimento entre março de 2024 e março de 2023, levando a atividade a exercer a principal influência no indicador: 4,6 p.p do total de 5,7%. No ano, o acúmulo é de 8,0% até março. Nos últimos 12 meses o valor também é positivo até março (5,0%).

No varejo ampliado, o resultado de -9,4% entre março de 2023 e março de 2024 para Material de construção foi o primeiro negativo, para o indicador de volume, após dois meses consecutivos de crescimento. A queda em março levou o setor à segunda maior contribuição no campo negativo: -0,7 p.p. do total de -1,5%. Tanto no acumulado do ano quanto nos últimos 12 meses, o resultado, até março, também é negativo: -1,7% e -1,5%, respectivamente.

A atividade de Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou a primeira queda (-23,0%) desde julho de 2023 (-6,3%), na comparação mês com mesmo mês do ano anterior, e a maior da série histórica, que se inicia em janeiro de 2023. Tal resultado posiciona o setor como o de principal contribuição, no campo negativo, para o varejo ampliado: -4,3 p.p. do total de -1,5%. No ano de 2024 até março, a atividade acumula -2,2% de perdas, invertendo o sinal em relação ao acumulado até fevereiro: 13,6%. Nos últimos 12 meses há perda de ritmo de crescimento: de 4,2% até fevereiro para 1,9% até março.

Ainda no âmbito do varejo ampliado, a atividade de Veículos e motos, partes e peças apresentou resultado no campo positivo (1,8%) na comparação de março de 2024 com março de 2023, após registrar 16,6% em fevereiro de 2024 em relação ao mesmo mês do ano anterior. No indicador acumulado do ano, o setor tem resultados positivos pelo 15º mês consecutivo: 9,4% até março de 2024. Nos últimos 12 meses, a atividade acumula ganhos de 9,2% até março.

Varejo regista alta de 5,9% no primeiro trimestre de 2024

primeiro trimestre de 2024 alcançou 5,9% de crescimento em relação ao mesmo período de 2023. O resultado foi o quinto positivo consecutivo nessa comparação, já que o último resultado negativo foi o terceiro tri de 2022 (-0,4%).

Setorialmente, três atividades tiveram resultados no campo positivo: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (12,2%), Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,0%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,6%).

Cinco atividades apresentaram variação negativa no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo tri de 2023: Livros, Jornais, revistas e papelaria (-9,4%), Combustíveis e lubrificantes (-1,6%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,3%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,3%) e Móveis e eletrodomésticos (-0,2%).

No caso do varejo ampliado, o resultado do primeiro trimestre de 2024 foi positivo em 4,6% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Em termos setoriais, Veículos e motos, partes e peças teve crescimento de 9,4%, enquanto Material de construção e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo fecharam no campo negativo: -1,7% e -2,2%, respectivamente

Vendas avançam em 16 das 27 unidades da federação em relação a fevereiro

Na passagem de fevereiro para março de 2024, na série com ajuste sazonal, houve resultados positivos em 16 das 27 Unidades da Federação (UFs), com destaque para: Sergipe (3,7%), Bahia (3,1%) e Rio Grande do Sul (2,1%).

Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 11 UFs, com destaque para Mato Grosso (-11,2%), Pará (-2,6%) e Tocantins (-1,4%).

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, houve resultados negativos em 15 das 27 UF, com destaque para: Pará (-7,0%), Roraima (-6,1%) e Piauí (-6,1%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram 10 UFs, com destaque para Pernambuco (4,7%), Espírito Santo (2,4%) e Maranhão (1,9%). Amapá e Acre registraram estabilidade (variação de 0,0%) na passagem de fevereiro para março.

Na comparação com março de 2023, 25 UFs registram alta

Frente a março de 2023, houve resultados positivos em 25 das 27 UFs, com destaque para: Amapá (13,4%), Bahia (11,1%) e Paraíba (10,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram apenas duas UFs: Espírito Santo (-2,8%) e Mato Grosso (-1,6%).

Já no comércio varejista ampliado, houve resultado negativo em 14 UFs, com destaque para: Mato Grosso (-13,5%), Tocantins (-10,3%) e Mato Grosso do Sul (-8,4%). No campo positivo, foram 13 UFs, com destaque para Maranhão (10,8%), Amapá (10,2%) e Pernambuco (8,9%).

Fonte: IBGE

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