Wall Street tomba antes de relatório de empregos dos EUA, investidores digerem falas do Fed
Por Caroline Valetkevitch
NOVA YORK (Reuters) - Os três principais índices acionários dos Estados Unidos caíram mais de 1% cada um, e o índice S&P 500 teve sua maior baixa percentual diária desde 13 de fevereiro, com as autoridades do Federal Reserve adotando uma abordagem cautelosa em seus comentários sobre as perspectivas de cortes na taxa de juros, enquanto investidores se preparam para importante relatório mensal de empregos dos EUA na sexta-feira.
Todos os principais setores do S&P 500 caíram no dia, liderados por uma queda de 1,7% no de tecnologia, enquanto as ações relacionadas à defesa, como a Lockheed Martin, tiveram ganhos.
Entre os comentários das autoridades do Fed, o presidente do banco central de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que, na reunião do banco central dos EUA no mês passado, ele previu dois cortes na taxa básica este ano, mas que, se a inflação continuar estagnada, talvez não seja necessário fazer nenhum corte este ano.
Mais cedo nesta quinta-feira, o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, disse que o banco central dos EUA tem "tempo para que as nuvens se dissipem" em relação à inflação antes de começar a cortar os custos de empréstimos.
"Trata-se de uma abordagem muito cuidadosa e ponderada", disse Paul Nolte, consultor sênior de patrimônio e estrategista de mercado da Murphy & Sylvest.
Além disso, segundo ele, "há um certo nervosismo com relação ao relatório (de empregos)" na sexta-feira.
O Dow Jones caiu 1,35%, para 38.596,98 pontos. O S&P 500 perdeu 1,23%, para 5.147,21 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq caiu 1,4%, para 16.049,08 pontos.
Economistas consultados pela Reuters esperam que a abertura de vagas fora do setor agrícola de março caia para 200.000, em comparação com 275.000 em fevereiro, enquanto a taxa de desemprego provavelmente permanecerá estável em 3,9%.
Atualmente, os mercados ainda veem uma chance de quase 60% de um corte de pelo menos 25 pontos-base na taxa de juros em junho, de acordo com a ferramenta FedWatch do grupo CME.
((Tradução Redação Brasília))