Atividade empresarial da zona do euro volta a crescer em março, mostra PMI

Publicado em 04/04/2024 08:07

LONDRES (Reuters) - A atividade empresarial da zona do euro expandiu no mês passado pela primeira vez desde maio de 2023, mas a recuperação foi desigual, com um aumento mais forte do que o esperado no setor de serviços compensando uma queda mais profunda no setor industrial, segundo uma pesquisa.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto do HCOB para a união monetária, compilado pela S&P Global e visto como um bom indicador da saúde econômica geral, subiu para 50,3 em março em relação a 49,2 de fevereiro e estimativa preliminar de 49,9.

Esse salto fez com que o índice voltasse a ficar acima da marca de 50 que separa o crescimento da contração.

"Finalmente algumas boas notícias de novo. O setor de serviços da zona do euro está gradualmente encontrando seu lugar, com a atividade se estabilizando em fevereiro e mostrando sinais de crescimento moderado em março", disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.

O PMI de serviços saltou de 50,2 para 51,5, acima da estimativa preliminar de 51,1 e sua leitura mais alta desde junho.

Isso aconteceu depois que uma pesquisa semelhante, divulgada na terça-feira, mostrou que a retração no setor industrial se aprofundou no mês passado, embora tenha mostrado alguns sinais preliminares de recuperação.

A demanda por serviços aumentou, com o índice de novos negócios ficando acima do ponto de equilíbrio, passando de 49,8 para 51,4.

"É particularmente encorajador observar que o volume de novos negócios retomou o crescimento após um período de seca de oito meses. Espera-se que essa tendência favorável persista, alimentada pelo crescimento dos salários acima da inflação, reforçando assim o poder de compra das famílias", acrescentou de la Rubia.

Com o retorno do setor de serviços ao crescimento, o otimismo geral em relação ao próximo ano aumentou. O índice composto de produção futura saltou de 60,5 para 61,8, um nível que não era observado há mais de dois anos.

(Reportagem de Jonathan Cable)

Fonte: Reuters

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