Crescimento dos EUA no 4º trimestre é revisado para cima; pedidos de auxílio-desemprego caem

Publicado em 28/03/2024 09:56 e atualizado em 28/03/2024 10:41

 

WASHINGTON (Reuters) - A economia dos Estados Unidos cresceu mais rápido do que o estimado anteriormente no quarto trimestre, impulsionada pelos fortes gastos dos consumidores e pelo investimento empresarial em estruturas não residenciais, como fábricas.

O Produto Interno Bruto aumentou a uma taxa anualizada de 3,4% no último trimestre, em dado revisado ante os 3,2% relatados anteriormente, informou o Departamento de Comércio em sua terceira estimativa do PIB do quarto trimestre.

A revisão refletiu aumentos nos gastos dos consumidores, no investimento fixo não residencial e nos gastos dos governos estaduais e locais.

Economistas consultados pela Reuters não esperavam nenhuma revisão. A economia está crescendo acima do que as autoridades do Federal Reserve consideram como a taxa de crescimento não inflacionária de 1,8% e continua a superar seus pares globais, apesar dos aumentos de 525 pontos-base na taxa de juros pelo banco central dos EUA desde março de 2022 para conter a inflação.

Quando medida pelo lado da renda, a economia expandiu a uma taxa robusta de 4,8%. A renda interna bruta aumentou em um ritmo de 1,9% no trimestre de julho a setembro. Em princípio, o PIB e a renda interna bruta deveriam ser iguais, mas, na prática, diferem, pois são estimados usando dados de fontes diferentes e, em grande parte, independentes.

Uma diferença cada vez maior entre renda interna bruta e o PIB nos trimestres anteriores gerou preocupações entre alguns economistas de que a economia não estava tão forte quanto sugerido pelos números do PIB. O aumento da renda interna bruta refletiu o aumento dos salários.

A economia está sendo sustentada por um mercado de trabalho resiliente, que está mantendo o crescimento dos salários elevado e impulsionando os gastos dos consumidores. As estimativas de crescimento para o primeiro trimestre estão convergindo em torno de um ritmo de 2,0%.

Um relatório separado do Departamento do Trabalho nesta quinta-feira mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 2.000 na semana encerrada em 23 de março, para 210.000 em dado com ajuste sazonal. Economistas previam 212.000 pedidos na última semana.

Os pedidos têm oscilado em uma faixa de 200.000 a 213.000 desde fevereiro. A maioria dos empregadores está mantendo seus funcionários, apesar de uma onda de demissões no início do ano.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar fecha estável ante real em dia de queda de commodities e dados fracos dos EUA
Taxas futuras de juros têm queda firme no Brasil após dados fracos do mercado de trabalho dos EUA
Petrobras está confortável com preços de combustíveis; não prevê ajustes por enquanto, diz CEO
Fazenda muda metas para dívida pública em 2024 e prevê maior participação de títulos atrelados à Selic
Reajuste de refinarias impacta no preço médio da gasolina nos postos, que fecha agosto a R$ 6,28, aponta Edenred Ticket Log
Brasil tem fluxo cambial negativo de US$2,696 bi em agosto, diz BC