Kremlin diz que Rússia está unida em torno de Putin e rejeita críticas do Ocidente

Publicado em 18/03/2024 08:00

 

MOSCOU (Reuters) - O Kremlin disse nesta segunda-feira que a reeleição do presidente Vladimir Putin mostrou que o povo russo está unido em torno dele e que Moscou não se interessa pelas críticas de Washington, já que os Estados Unidos estão de fato em guerra com a Rússia na Ucrânia.

Putin obteve 87%, ou 76 milhões de votos, de longe a maior vitória na história da Rússia pós-soviética, de acordo com resultados oficiais depois de quase todos os votos terem sido contados. A participação foi superior a 77%, também a maior da história pós-soviética da Rússia.

"Esta é a confirmação mais eloquente do nível de apoio da população do país ao seu presidente e da sua consolidação em torno dele", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas.

A Casa Branca disse que as eleições russas "obviamente não foram livres nem justas", uma vez que Putin prendeu seus oponentes e impediu que outros concorressem contra ele.

“Discordamos veementemente desta avaliação dos Estados Unidos”, declarou Peskov.

"Essas avaliações são esperadas e previsíveis, dado que de fato os Estados Unidos são um país profundamente envolvido na guerra na Ucrânia. Este é um país que está, de fato, em guerra conosco."

“Esta não é uma opinião que estamos prontos para ouvir e que seja até importante para nós.”

Peskov disse que se o Ocidente quiser falar sobre a ilegitimidade das eleições russas estaria sugerindo que 87% dos votos dados a Putin são ilegítimos, algo que, segundo ele, seria ridículo.

“Isso é um absurdo”, afirmou Peskov.

Questionado sobre os apelos de alguns ativistas da oposição russa para declarar as eleições russas ilegítimas, Peskov disse que pessoas como a viúva de Alexei Navalny, Yulia Navalnaya, perderam contato com a Rússia.

“Há muitas pessoas que se separaram completamente da sua terra natal. A Yulia Navalnaya que você mencionou está se movendo cada vez mais para este campo de pessoas”, disse Peskov.

Ele afirmou que essas pessoas “perdem as raízes, os laços com a sua terra natal, perdem a compreensão da sua terra natal e deixam de sentir o pulso do seu país”.

(Por Guy Faulconbridge)

Fonte: Reuters

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