Filipinas criticam China por "provocar problemas" no Mar do Sul da China

Publicado em 06/03/2024 10:49

Por Mikhail Flores

MANILA (Reuters) - Um dramático impasse com Pequim no Mar do Sul da China nesta semana foi o incidente mais sério até agora para as Filipinas, disseram suas principais autoridades de segurança nesta quarta-feira, prometendo não recuar na afirmação dos direitos soberanos do país.

As Filipinas têm se irritado com o que chamam de repetidas condutas agressivas da guarda costeira chinesa, acusando seus navios de usar canhões de água, bloquear e assediar na terça-feira uma missão filipina de reabastecimento para as tropas estacionadas no disputado Second Thomas Shoal.

A força-tarefa das Filipinas no Mar do Sul da China disse que um almirante de alto escalão estava a bordo de uma embarcação que foi atingida por canhões de água pela guarda costeira da China, quebrando seu para-brisa e ferindo quatro membros da Marinha. O almirante saiu ileso.

"Esse é o incidente mais sério até o momento", disse o porta-voz da força-tarefa, Jonathan Malaya, acusando a China de "provocar problemas deliberadamente" e de "incitar maliciosamente o alarde".

A China acusou as Filipinas de invadir seu território, reivindicando a soberania sobre o recife, localizado a 1.300 km de seu continente. A China reivindica a maior parte do Mar do Sul da China como sua, apesar de um painel de arbitragem internacional ter concluído que essa posição não tem base no direito internacional.

O secretário de Defesa das Filipinas, Gilberto Teodoro, disse na quarta-feira que as reivindicações da China não têm fundamento e que suas ações nesta semana foram "claramente ilegais e totalmente incivilizadas".

"Essa reivindicação é, em termos simples, uma reivindicação com a qual nenhum Estado de pensamento correto no mundo concorda e que muitos condenam abertamente", afirmou Teodoro em um comunicado.

O incidente de terça-feira foi o mais recente de uma série de confrontos entre as Filipinas e a China sobre áreas disputadas no Mar do Sul da China, coincidindo com um recente aumento nas atividades de defesa entre as Forças Armadas de Manila e Washington.

Fonte: Reuters

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