Exame descarta cirurgia agora e Bolsonaro será reavaliado em 3 meses, diz Wajngarten

Publicado em 28/02/2024 12:16

SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Jair Bolsonaro passou nesta quarta-feira por exames em um hospital na zona sul de São Paulo que afastaram a necessidade uma nova cirurgia, neste momento, relacionada à facada que sofreu em 2018, disse o ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) na gestão Bolsonaro e advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten, em sua conta na plataforma X.

"O presidente @jairbolsonaro foi internado nesta manhã no Hospital Vila Nova Star para realização de exames laboratoriais e de imagem. As equipes responsáveis constataram que as condições clínicas e cirúrgicas estão estáveis e sem necessidade de intervenção nesse momento. O paciente será reavaliado dentro de 3 meses", escreveu Wajngarten na publicação.

Mais cedo, o ex-chefe da Secom havia dito na mesma rede social que Bolsonaro estava passando por exames para avaliar a necessidade de uma nova cirurgia na região atingida pela golpe de faca.

No domingo, Bolsonaro esteve em uma manifestação de apoio a ele na Avenida Paulista, região central de São Paulo, em meio aos processos que responde na Justiça, alguns relacionados a uma suposta tentativa de anular o resultado da eleição presidencial de 2022, na qual foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em setembro do ano passado, Bolsonaro esteve internado por duas vezes após sentir um desconforto intestinal depois de, no mesmo mês, submeter-se a duas cirurgias para correção de uma hérnia de hiato e de um desvio de septo.

O ex-presidente sofreu um atentado a faca em setembro de 2018, enquanto fazia campanha em Juiz de Fora (MG) para as eleições presidenciais daquele ano, que ele venceu.

Desde então, Bolsonaro já passou por ao menos seis cirurgias, algumas relacionadas à facada que levou no abdômen.

O ato na Paulista aconteceu três dias após Bolsonaro ter permanecido em silêncio em depoimento à Polícia Federal sobre a suspeita de tentativa de golpe de Estado.

Inelegível até 2030 por condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido a irregularidades na campanha de 2022, Bolsonaro ainda é alvo de outras investigações, como as de fraude em cartões de vacinação, recebimento irregular de joias sauditas e envolvimento em uma espécie de milícia digital para atacar adversários.

(Por Eduardo Simões)

Fonte: Reuters

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