Ibovespa recua com IRB(Re) entre maiores quedas; BRF sobe

Publicado em 28/02/2024 11:47 e atualizado em 28/02/2024 13:47

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, perdendo o patamar dos 131 mil pontos, com IRB(Re) entre os destaques negativos após a resseguradora reportar resultados de 2023, enquanto BRF permanecia na ponta positiva ainda sob efeito do balanço do último trimestre do ano passado da companhia.

Às 11h30, o Ibovespa caía 0,6%, a 130.898,94 pontos. Na mínima até o momento, chegou a 130.898,94 pontos. Na máxima, marcou 131.684,56 pontos. O volume financeiro somava 4,16 bilhões de reais.

No exterior, Wall Street abria com viés negativo após dados sobre o PIB dos Estados Unidos que mostraram que a maior economia do planeta cresceu em um ritmo sólido no quarto trimestre diante de fortes gastos dos consumidores.

O Departamento do Comércio, contudo, revisou a taxa de crescimento anualizada de 3,3% (divulgada no final de janeiro) para 3,2% em sua segunda estimativa, enquanto economistas não esperavam mudanças. O índice PCE de preços, porém, foi ajustado para cima: de 1,7% para 1,8%.

A equipe da Ágora Investimentos também chamou a atenção para medida provisória revertendo a reoneração da folha de pagamentos e seu potencial efeito de alta nas taxas futuras de juros (o que tende a ser desfavorável para a bolsa paulista).

De acordo com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na noite de terça-feira a retirada, da Medida Provisória 1202, da proposta de reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia.

A reoneração agora será novamente apresentada ao Congresso por meio de projeto de lei em regime de urgência.

 

DESTAQUES

- IRB(RE) ON perdia 4,31%, a 39,53 reais, mesmo após reportar lucro líquido de 114 milhões de reais no ano de 2023, revertendo prejuízo de 630 milhões um ano antes. O volume de prêmios emitidos líquidos, porém, caiu 19% em relação a 2022.

- BRF ON valorizava-se 2,51%, a 15,53 reais, ainda reagindo ao resultado do quarto trimestre, quando apurou o primeiro lucro em oito trimestre e acima das previsões de analistas. MARFRIG ON, principal acionista da BRF, subia 2,34%.

- VALE ON caía 0,84%, a 66,91 reais, em meio a ajustes após forte alta na véspera, tendo como pano de fundo um desempenho misto dos preços dos contratos futuros do minério de ferro na Ásia.

- PETROBRAS PN tinha variação positiva de 0,02%, a 42,64 reais, em dia de alta dos preços do petróleo no exterior.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,49%, a 34,61 reais, enquanto BRADESCO PN caía 0,14%, a 14,00 reais.

- B3 ON era negociada em baixa de 2,07%, a 12,42 reais. Relatório de analistas do Itaú BBA cortou previsões para a companhia e reduziu o preço-alvo de 16 para 15 reais, com manutenção da recomendação "market perform".

- ENGIE BRASIL ON caía 0,34%, a 41,65 reais, após reportar lucro líquido de 948 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 6,4% ante igual período um ano antes.

- SUZANO ON avançava 0,92%, a 57,34 reais, tendo no radar resultado trimestral após o fechamento do mercado. Analistas do BTG Pactual também reiteraram recomendação de "compra" para os papéis, com preço-alvo de 79 reais.

- PORTO SEGURO ON, que não faz parte do Ibovespa, mostrava alta de 4,10%, a 28,67 reais, após reportar lucro líquido de 689 milhões de reais no quarto trimestre do ano passado, um aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2023.

Fonte: Reuters

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