Yellen afirma que economia global segue resiliente e diz que EUA impulsionam crescimento

Publicado em 27/02/2024 07:31

Por Andrea Shalal

SÃO PAULO (Reuters) - A forte expansão econômica dos Estados Unidos tem sido um "importante motor" de um crescimento global melhor do que o esperado, disse a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, em uma coletiva de imprensa na terça-feira, antes da reunião desta semana das autoridades financeiras do G20 em São Paulo.

Em trechos de suas falas divulgadas pelo Tesouro, Yellen disse que o Fundo Monetário Internacional e outros projetaram uma desaceleração disseminada na economia global em 2023, o que não aconteceu.

Em vez disso, o crescimento foi de 3,1%, superando as expectativas, e a inflação caiu, com a expectativa de que os preços continuem recuando este ano em cerca de 80% das economias, disse ela.

"Daqui para a frente, continuamos cientes dos riscos diante da perspectiva global e continuamos a monitorar cuidadosamente os desafios econômicos em determinados países, mas a economia global permanece resiliente", disse ela.

Yellen disse que a força econômica dos EUA sustentou o crescimento global, impulsionada pelas políticas do governo Biden de apoio às empresas afetadas pela pandemia da Covid-19 e pelos investimentos na indústria doméstica, energia limpa e infraestrutura.

A inflação dos EUA também diminuiu significativamente em relação ao seu pico e o mercado de trabalho dos EUA está historicamente forte, disse ela.

"Se uma recessão nos EUA tivesse ocorrido em 2023, como muitos previram, o crescimento global teria saído dos trilhos. Embora existam riscos para nossa perspectiva, o crescimento dos EUA tem superado consistentemente as projeções", disse Yellen.

No mês passado, o FMI elevou sua perspectiva de crescimento global para 3,1% em 2024 e deixou sua previsão para 2025 inalterada em 3,2%.

Yellen disse que o crescimento em muitas economias, incluindo o Brasil, atual presidente do G20, também contribuiu para o crescimento global, embora outras economias ainda enfrentem desafios. Ela não especificou quais países estavam enfrentando problemas.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ONS eleva previsão para crescimento da carga de energia a 1,5% em setembro
Wall Street abre com pouca variação após dados de emprego de agosto
Ibovespa recua na abertura com dados de emprego dos EUA em foco
Dólar recua após dados de emprego dos EUA fomentarem apostas de corte grande de juros pelo Fed
Presidente do Fed de NY diz que chegou a hora de iniciar cortes nos juros
Preço do diesel aumenta quase 1% em agosto e encerra o mês a R$ 6,10