Previsão de bancos para alta do crédito em 2024 fica quase estável, em 8,4%, diz Febraban

Publicado em 19/02/2024 11:56

SÃO PAULO (Reuters) - Bancos brasileiros preveem uma expansão de 8,4% na carteira de crédito total para 2024, mostrou Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban nesta segunda-feira, em resultado praticamente estável ante o crescimento de 8,5% estimado no levantamento realizado em dezembro.

A entidade destacou em nota que a expectativa de alta da carteira direcionada, que atende a parâmetros estabelecidos pelo governo, subiu de 8,6% para 8,9%. Em relação à carteira com recursos livres, em que as condições dos empréstimos são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, a previsão de crescimento passou de 8,4% para 8,1% para este ano.

Quanto à taxa de inadimplência da carteira livre, a previsão mudou de 4,6% (dezembro) para 4,5% da carteira.

A pesquisa da Federação Brasileira de Bancos é realizada a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e mostra a estimativa dos bancos para o comportamento de diversas variáveis da economia ao longo deste e do próximo ano.

Esta edição foi feita com entrevistas com 18 bancos entre 6 e 9 de fevereiro.

"O resultado da pesquisa pode ser considerado positivo, pois consolida a percepção de que o mercado de crédito tende a apresentar uma evolução positiva em 2024, especialmente na carteira com recursos livres, mais sensível ao ciclo econômico", avaliou Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.

"Além disso, cabe notar que, caso se confirme, a aceleração é mais expressiva do que aparenta, porque em termos reais, o crescimento do crédito sairia de cerca de 3,0%, em 2023, para 4,5% neste ano", acrescentou no comunicado sobre a pesquisa.

Para 2025, as perspectivas apontam crescimento de 8,1% da carteira de crédito total, com alta de 8,6% na carteira livre e aumento de 8,0% na direcionada. A estimativa para a inadimplência da carteira livre ficou em 4,3%.

(Por Paula Arend Laier)

Fonte: Reuters

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