Taxa de desemprego no Brasil cai a 7,5% no tri até novembro, menor patamar desde 2015

Publicado em 29/12/2023 09:15 e atualizado em 29/12/2023 09:53

Por Luana Maria Benedito e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A taxa de desemprego no Brasil caiu nos três meses encerrados em novembro para 7,5%, marcando o patamar mais baixo para qualquer trimestre móvel desde o início de 2015, com novo recorde no número de pessoas ocupadas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

O resultado visto nos três meses até novembro veio em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de taxa de desocupação 7,5%, e igualou o patamar visto no trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

Considerando apenas trimestres encerrados em novembro, a leitura foi a mais baixa desde 2014 (6,6%).

Nos três meses imediatamente anteriores, período de junho a agosto deste ano, o desemprego no Brasil estava em 7,8%, segundo a série histórica do IBGE.

“É a terceira queda consecutiva da taxa de desocupação e, no trimestre encerrado em novembro, essa retração segue o movimento do mesmo período nos anos anteriores, quando, de modo geral, há redução nesse indicador. Neste trimestre, a queda é explicada pela expansão no número de pessoas ocupadas”, disse a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy.

Em novo sinal de resiliência do mercado de trabalho, o número de pessoas ocupadas no Brasil atingiu 100,508 milhões no trimestre findo em novembro, renovando o maior patamar da série histórica e representando alta de 0,9% frente aos três meses imediatamente anteriores. Em comparação com setembro a novembro de 2022, o aumento foi de 0,8%.

Já a população desocupada totalizou 8,202 milhões de pessoas no período, queda de 2,5% no trimestre e de 6,2% sobre um ano antes.

Os trabalhadores do setor privado com carteira assinada totalizaram 37,727 milhões até novembro, 1,4% a mais do que no trimestre anterior e 2,5% acima do nível visto no mesmo período do ano passado.

Mas a população na informalidade também cresceu, com os empregados do setor privado sem carteira assinada chegando a 13,444 milhões no trimestre encerrado em novembro, novo recorde da série histórica. O resultado marcou altas de 1,8% no trimestre e de 1,0% na comparação anual.

No trimestre, a taxa de informalidade foi de 39,2% da população ocupada.

"A expansão da atividade de construção ocorreu principalmente por meio da informalidade, com o aumento do emprego sem carteira e por conta própria sem CNPJ, enquanto a indústria impulsionou os trabalhos formais", disse Beringuy.

Enquanto isso, o rendimento médio real aumentou 2,3% no trimestre findo em novembro, a 3.034 reais, representando alta de 3,8% frente ao mesmo período de 2022.

Fonte: Agência IBGE

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Proposta determina ressarcimento a produtor rural em caso de perdas decorrentes da falta de luz
Lula diz não ter decisão sobre nomes para o BC e espera Haddad
BC faz ajustes em segurança do Pix e estabelece junho de 2025 para lançamento de Pix Automático
Kamala chama legado de Biden de "inigualável" conforme lança sua campanha presidencial
Lula diz que governo fará bloqueio orçamentário "sempre que precisar"
Lula se diz assustado com retórica de Maduro e pede respeito a resultado da eleição na Venezuela