BC do Japão vai debater fim da política monetária frouxa quando inflação se aproximar da meta, diz presidente

Publicado em 17/11/2023 08:46

 

Por Leika Kihara

TÓQUIO (Reuters) - O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse que o banco central discutirá uma estratégia para sair da política monetária ultrafrouxa quando sua meta de inflação de 2% estiver ao alcance.

O destino das compras do banco central e da carteira de ETFs também será discutido quando o banco considerar a saída da política ultrafrouxa, acrescentou.

"Consideraremos o fim do controle da curva de rendimento e das taxas de juros negativas se pudermos esperar que a inflação atinja de forma estável e sustentável nossa meta de 2%", disse Ueda em um depoimento semestral ao Parlamento nesta sexta-feira.

"Qual parte do estímulo encerraremos, e em que ordem, dependerá das condições econômicas, financeiras e de preços no momento", disse Ueda.

Por enquanto, o Banco do Japão deve manter "pacientemente" a política monetária ultrafrouxa, pois ainda não está convencido de que o Japão verá a inflação atingir 2% de forma sustentável, acrescentou.

"É provável que a tendência da inflação acelere gradualmente em direção à nossa meta de inflação de 2% até o ano fiscal de 2025. Mas isso precisa ser acompanhado de um ciclo positivo de inflação e salários", disse Ueda.

"A incerteza sobre se o Japão verá esse ciclo positivo de inflação salarial é alta."

Com a inflação excedendo sua meta de 2% por mais de um ano, Ueda está sob pressão para desmantelar o estímulo maciço de seu antecessor, que consiste em um controle de rendimento de títulos, taxa de juros de curto prazo negativa e compras de ativos.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Dólar cai ante real com fluxo de venda de moeda e alta do petróleo
Ibovespa fecha com alta tímida em dia de ajustes e volume fraco
Vice-presidente, Geraldo Alckmin, e presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, anunciam investimentos de mais de R$ 18,3 milhões para preparar empresas para exportação
Taxas de juros futuras têm alta firme no Brasil com dados de emprego nos EUA e alta do petróleo
Dólar recua ante o real com apetite por risco global após dados de emprego dos EUA
Wall Street sobe após dados fortes de emprego nos EUA elevarem confiança