Ministros da UE se reúnem em meio a divisões sobre ajuda a palestinos

Publicado em 10/10/2023 10:36 e atualizado em 10/10/2023 11:37

 

MADRI (Reuters) - Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia se reunirão nesta terça-feira para tentar resolver as divisões dentro do bloco de 27 membros sobre a continuidade dos pagamentos de ajuda aos palestinos, um dia depois que a Comissão Europeia voltou atrás em um anúncio que suspendia toda essa ajuda.

A reviravolta ocorreu depois que os Estados-membros da UE, incluindo a Espanha e a França, disseram que se opunham à suspensão anunciada pelo Comissário de Vizinhança e Alargamento, Oliver Varhelyi, na segunda-feira.

A confusão refletiu as divisões de longa data em relação ao conflito israelo-palestino. A Áustria e a Alemanha anunciaram na segunda-feira que estavam suspendendo sua ajuda ao desenvolvimento para os palestinos.

Os ministros da União Europeia realizarão uma reunião de emergência em Mascate, Omã, onde já estava ocorrendo uma reunião dos ministros das Relações Exteriores do bloco e do Conselho de Cooperação do Golfo, disse o diplomata Josep Borrell, em um post na plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter.

Ele acrescentou nesta terça-feira que havia convidado o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, e seu homólogo palestino, Riyad al-Maliki, para participar da reunião.

Antes da reunião, alguns países já haviam definido suas posições.

O ministro interino das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, disse nesta terça-feira que Madri se opunha à proposta de suspensão, argumentando que os territórios palestinos provavelmente precisarão de mais ajuda no futuro próximo, após o ataque do Hamas a Israel no sábado e o subsequente bombardeio israelense à Faixa de Gaza.

A França disse nesta terça-feira que seus pagamentos de ajuda aos territórios palestinos eram "totalmente consistentes" com seus compromissos.

"Não somos a favor da suspensão da ajuda que beneficia diretamente as populações palestinas e informamos isso à Comissão Europeia ontem", disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

A ajuda francesa aos palestinos totalizou 95 milhões de euros em 2022, de acordo com o comunicado.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que é preciso encontrar um equilíbrio entre fornecer ajuda e cortar o financiamento de terroristas.

O primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, apoiou a suspensão. "Estou convencido de que seria correto agora suspender os pagamentos e iniciar uma revisão completa de todo o sistema de ajuda da União Europeia aos palestinos".

(Reportagem de Inti Landauro, Emma Pinedo, Andrew Graye e Thomas Escritt)

Fonte: Reuters

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