Greves podem paralisar mais fábricas de automóveis dos EUA nesta 6ª-feira
Por David Shepardson e Joseph White
DETROIT, Estados Unidos (Reuters) - O presidente do sindicato de metalúrgicos norte-americano United Auto Workers, Shawn Fain, deve iniciar paralisações em mais fábricas de automóveis das montadoras de Detroit nesta sexta-feira, diante de um lento progresso de negociações desde a semana passada.
Os membros do UAW, investidores de Wall Street, executivos do setor e a Casa Branca estão aguardando sinais de que Fain anuncie o fechamento das fábricas de motores e transmissão ou as fábricas que montam as caminhonetes e os SUVs grandes dos quais a Ford, a General Motors e a Stellantis dependem para obter a maior parte de seus lucros norte-americanos e globais.
Fain fará um pronunciamento nesta sexta-feira, às 11h (horário de Brasília). Na quinta-feira, o sindicato fez uma contraproposta à Stellantis. As conversas entre o UAW e os negociadores das três montadoras de Detroit (Stellantis, GM e Ford) foram descritas como "muito ativas" por uma fonte informada sobre a situação.
Se Fain desencadear paralisações em mais fábricas a partir das 13h desta sexta-feira, espera-se que o UAW continue com as paralisações em andamento até que um novo contrato de trabalho seja ratificado, disse uma fonte.
Na sexta-feira, cerca de 18.300 membros do UAW nas três montadoras estavam em greve, ou cerca de 12% dos 146.000 integrantes da entidade que trabalham nas montadoras. Os grevistas estão recebendo 500 dólares por semana do fundo de greve do UAW.
O sindicato fechou uma fábrica de montagem em cada uma das três montadoras de Detroit e 38 centros de distribuição de peças da GM e Stellantis.