Em meio à relação tensa, secretário de Estado dos EUA se reúne na ONU com vice chinês
Por Humeyra Pamuk e Michael Martina
NOVA YORK (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reuniu-se nesta segunda-feira com o vice-presidente chinês, Han Zheng, antes da Assembleia Geral das Nações Unidas, em um momento no qual das duas maiores economias do mundo realizam uma série de reuniões para estabilizar o complicado relacionamento entre elas.
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, encontrou-se com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, em Malta, por 12 horas no último fim de semana. Ambos os lados descreveram as conversas como “sinceras, substantivas e construtivas”.
A reunião entre Blinken e Han foi a mais recente de uma série de conversas entre autoridades de ambos os lados e que podem pavimentar o caminho para um encontro entre os presidentes Joe Biden, dos EUA, e Xi Jinping, da China.
“O mundo espera de nós que gerenciamos responsavelmente nossas relações”, afirmou Blinken antes do encontro com Han. “Os Estados Unidos estão comprometidos com isso.”
Blinken ainda acrescentou: “Da perspectiva dos EUA, a diplomacia cara a cara é a melhor forma de lidar com áreas nas quais discordamos, e também a melhor forma de explorar áreas de cooperação entre nós”.
Blinken e outras autoridades norte-americanas visitaram a China neste ano, para melhorar as relações e garantir a comunicação entre as potências depois que os norte-americanos derrubaram um balão de vigilância chinês que sobrevoava os Estados Unidos.
Biden expressou decepção neste mês, quando Xi Jinping não participou do encontro do G20 na Índia. A próxima chance de eles se verem é na cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em São Francisco, em novembro.
“Atualmente, as relações China-EUA enfrentam muitas dificuldades e desafios”, afirmou Han a Blinken, acrescentando que os chineses esperam esforços por parte dos norte-americanos para a implementação de consensos pelos líderes dos dois países e a promoção do desenvolvimento estável de uma relação.
“Este mundo precisa de uma relação saudável entre China e EUA”, disse Han.
(Reportagem de Humeyra Pamuk e Michael Martina)