Yellen diz que não há sinais de recessão da economia dos EUA e alerta contra paralisação do governo

Publicado em 18/09/2023 14:27 e atualizado em 18/09/2023 15:09

WASHINGTON (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta segunda-feira que não vê sinais de que a economia do país esteja prestes a entrar em recessão, mas alertou que o fracasso do Congresso em aprovar a legislação para manter o governo funcionando pode desacelerar o ímpeto da economia.

"Não vejo sinais de que a economia esteja correndo risco de uma recessão", disse Yellen à CNBC, observando que o mercado de trabalho dos EUA também continua forte e que a inflação está caindo.

"Não há absolutamente nenhum motivo para uma paralisação", disse ela. "Criar (...) uma situação que poderia causar uma perda de impulso é algo de que não precisamos como um risco neste momento."

Yellen disse que é prematuro avaliar o impacto de uma greve do sindicato norte-americano United Auto Workers contra três grandes montadoras de Detroit, uma das mais ambiciosas ações trabalhistas industriais dos EUA em décadas. Ela destacou que o impacto dependerá de quanto tempo a paralisação vai durar e de quem seria afetado.

Ela ressaltou o compromisso do presidente norte-americano, Joe Biden, com a negociação coletiva e com a garantia de que os trabalhadores “também saiam na frente”, uma vez que a indústria está indo bem.

Ela disse que o mercado de trabalho continua forte, mas está em desaceleração e “não está tão aquecido quanto antes”, o que é importante dado o objetivo de reduzir a inflação para 2%.

Yellen, ex-chair do Federal Reserve, disse que as medidas do banco central para aumentar a taxa de juros começaram a impactar o mercado imobiliário, mas os gastos do consumidor permanecem "bastante robustos".

Ela disse que o governo Biden monitora os preços da gasolina após os recentes aumentos, e que Biden está empenhado em garantir que os preços permaneçam acessíveis para os norte-americanos.

(Reportagem de Andrea Shalal e Doina Chiacu)

Fonte: Reuters

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