Bolsonaro recebe alta hospitalar após passar por exames para cirurgias

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) -O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta nesta quinta-feira feira do hospital em São Paulo onde se internou na véspera para uma bateria de exames, que disse serem preparatórios para a realização de três cirurgias que deve fazer em setembro.

"O Pr @jairbolsonaro já teve alta do hospital em SP, onde realizou por dois dias inúmeros exames e passará a noite em sua casa em BSB", disse Fabio Wajngarten, assessor e advogado de Bolsonaro, em publicação na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.

Pela manhã, em troca de mensagens com a Reuters, o ex-presidente havia afirmado que passaria por uma endoscopia e por uma colonoscopia nesta quinta, e teria alta à tarde.

"Devo ser liberado à tarde", disse o ex-presidente, que afirmou que pretende comparecer na sexta-feira à Festa do Peão de Barretos, no interior de São Paulo.

Na véspera, Bolsonaro disse que a principal cirurgia a qual deve se submeter no mês que vem será na região do abdômen, atingida por uma facada durante evento da campanha eleitoral de 2018 em Juiz de Fora (MG).

Bolsonaro já passou por seis cirurgias desde que foi alvo do atentado à faca em setembro de 2018, pouco antes do primeiro turno das eleições.

Em janeiro, o médico Antônio Macedo, que acompanha Bolsonaro desde a facada, disse que o ex-presidente, que à época estava nos Estados Unidos, teria de fazer uma nova cirurgia quando retornasse ao Brasil para evitar maiores problemas intestinais.

A internação de Bolsonaro ocorre no momento em que investigações fecham o cerco contra ele. O ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a quebra do sigilo do ex-presidente no inquérito que apura a eventual apropriação irregular e venda de joias recebidas do governo saudita.

O ex-presidente foi ainda intimado pela Polícia Federal a depor na quinta-feira da próxima semana em uma apuração sobre um grupo de empresários que pregavam um golpe de Estado. Será o quinto depoimento dele desde que deixou a Presidência no início deste ano.

(Edição de Eduardo Simões e Pedro Fonseca)