Inandimplência cai, mas ainda afeta 71,4 mi de brasileiros, diz Serasa

Publicado em 16/08/2023 12:17

SÃO PAULO (Reuters) - O número de brasileiros endividados caiu pelo segundo mês consecutivo, com uma redução de 34.495 pessoas na comparação com junho, atingindo 71,41 milhões de pessoas inadimplentes, de acordo com indicadores da Serasa.

Conforme a instituição, é a primeira vez, desde junho de 2021, em que são registradas duas quedas em sequência.

Entre os principais responsáveis pela redução da inadimplência estão os débitos com bancos e cartões de crédito. "Essa boa notícia pode estar ligada aos primeiros impactos do Programa Desenrola Brasil, do Governo Federal, que desde 17 de julho estimula a negociação de dívidas com as instituições financeiras", disse a Serasa.

As dívidas com bancos e cartões de crédito registraram uma redução de 1,6 ponto percentual, atingindo 29,53% em julho, a maior queda na representatividade desse segmento registrada desde janeiro de 2019.

O declínio também foi impactado pelas dívidas negociadas nos canais do Serasa Limpa Nome, cujo índice relacionado aos grandes bancos aumentou de 14,77% em junho para 15,16% no mês passado.

Além de bancos e cartões, também foi verificada queda no percentual de déficits no varejo, que passou de 11,44% para 11,10% na comparação dos dois últimos meses. O segmento de Utilities (contas de água, luz e gás) teve alta de 22,07% para 23,90%, enquanto o de Financeiras apresentou elevação de 15,22% para 15,30%.

De acordo com a Serasa, julho acumulou um total de 265 milhões de dívidas, que somaram 351 bilhões de reais. O valor médio devido por cada brasileiro é de 4.923,97 reais.

Com o feirão de renegociação Serasa Limpa Nome, os brasileiros conseguiram renegociar no mês passado 3,8 milhões de débitos, com o total de descontos concedidos atingindo 8,89 bilhões de reais.

A inadimplência atinge 43,72% da população adulta do país. Desse total, 50,4% são mulheres e 49,6% são homens. As faixas etárias mais afetadas são de 41 a 60 anos de idade (35%) e de 26 a 40 anos (34,6%).

(Por Beatriz Garcia)

Fonte: Reuters

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