Depois de queda da Selic, índice de confiança da indústria reage e sobe, avalia CNI
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) avançou 2,1 pontos, de 51,1 pontos para 53,2 pontos. O aumento mostra que o indicador da Confederação Nacional da Indústria (CNI) começa a se afastar da linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança. Foram ouvidos 1.373 empresários, entre eles 555 de pequeno porte, 508 de médio porte e 310 de grande porte entre 1º e 7 de agosto de 2023.
“A confiança está mais forte e disseminada entre os empresários da indústria. Foi a primeira vez, em 10 meses, que o índice de expectativas sobre a economia brasileira ultrapassou a linha divisória de 50 pontos. A transição do pessimismo para o otimismo em relação aos próximos seis meses da economia está relacionada com o início da redução da taxa básica de juros e a previsão de novos cortes até o fim do ano”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
>> Confira entrevista com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
O Índice de Condições Atuais, que compõe o ICEI, avançou 1,8 ponto, para 47,3 pontos. Ao se manter abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o componente segue demonstrando percepção de piora das condições atuais da economia brasileira e das empresas. Contudo, com o avanço do índice, a percepção dos empresários é de piora mais fraca e menos disseminada em agosto.
O outro componente do ICEI, o Índice de Expectativas, subiu 2,3 pontos para 56,2 pontos, indicando expectativas mais otimistas para os próximos seis meses. Esse índice é composto por expectativas em relação à economia, que passou de 48,2 pontos para 51,5 pontos e em relação à própria empresa, que subiu de 56,7 pontos para 58,6 pontos.
Como a confiança é calculada?
O ICEI é composto por dois componentes: Índice de Condições Atuais e Índice de Expectativas. A CNI avalia esses dois componentes a partir da percepção do empresário em relação a economia e em relação à própria empresa.