Dezenas de países prometem combater uso de alimentos como arma de guerra

Publicado em 03/08/2023 12:30 e atualizado em 03/08/2023 14:10

 

Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Mais de 75 países "se comprometerão a tomar medidas para acabar com o uso de alimentos como arma de guerra e a fome de civis como tática de guerra", apoiando um comunicado elaborado pelos Estados Unidos nas Nações Unidas nesta quinta-feira, disseram autoridades norte-americanas de alto escalão.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, divulgará o comunicado nesta quinta-feira, enquanto preside uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre fome e insegurança alimentar causadas por conflitos. Um autoridade norte-americana de alto escalão disse que espera que mais países assinem.

Blinken também anunciará cerca de 362 milhões de dólares em novos financiamentos dos Estados Unidos para "combater os impulsionadores da insegurança alimentar e aumentar a resiliência" em quase uma dúzia de países africanos e no Haiti, disse uma segunda autoridade.

Embora os Estados Unidos, a União Europeia e outros tenham acusado a Rússia de usar alimentos como arma de guerra, agravando uma crise alimentar global quando invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, o rascunho do comunicado não cita especificamente nenhum país.

"Não estamos tentando transformar isso em um confronto na Rússia ou em qualquer outro país", disse a segundo autoridade.

"Por mais repugnantes que nós e tantos países ao redor do mundo consideremos as ações de Moscou, reconhecemos que este é um desafio maior do que um país", disse a fonte. “Também sabemos que nossos parceiros, especialmente no sul global, preferem ouvir um foco em soluções em vez de apontar o dedo”.

No mês passado, a Rússia desistiu de um acordo que permitia a exportação segura de grãos ucranianos para o Mar Negro. O pacto foi negociado pelas Nações Unidas e pela Turquia para ajudar a aliviar uma crise global de alimentos após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

(Reportagem de Michelle Nichols)

Fonte: Reuters

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