Governo espera que Câmara vote arcabouço em agosto e mantenha mudança feita no Senado, diz Padilha

Publicado em 01/08/2023 16:23 e atualizado em 01/08/2023 17:36

(Reuters) - O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta terça-feira que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera que a Câmara dos Deputados conclua a aprovação da proposta de novo arcabouço fiscal neste mês, mantendo mudança feita no Senado que prevê que o governo possa usar a inflação do segundo semestre como baliza para a previsão das despesas do ano seguinte.

"Expectativa é que possamos votar ainda em agosto", disse Padilha a jornalistas ao se referir à proposta de novo marco fiscal.

Ele disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dialogado com lideranças da Câmara para explicar a importância de manter a alteração feita pelo Senado sobre a inflação e argumentou que a mudança "torna mais realista a construção da peça orçamentária".

A manutenção dessa mudança incluída no texto pelo Senado também tem sido publicamente defendida pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

Como a proposta do arcabouço fiscal começou a tramitar pela Câmara, a Casa tem a última palavra sobre o texto e, caso decida desconsiderar as mudanças feitas pelos senadores, enviará o texto sem a emenda sobre a inflação para sanção de Lula.

Padilha, que falou após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também disse que se reunirá com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para discutir as prioridades legislativas do governo neste segundo semestre.

O ministro também disse que o Executivo tem interesse em atrair para sua base as bancadas do PP e do Republicanos na Câmara, ao mesmo tempo que relatou que, por ora, Lula não tem reunião marcada com lideranças partidárias para discutir mudanças no ministério e a entrada no primeiro escalão de nomes dessas duas legendas.

Padilha disse que esses encontros devem ocorrer após líderes que estão fora do Brasil retornarem ao Brasil.

(Por Eduardo Simões, em São Paulo)

Fonte: Reuters

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