China intensificará ajustes da política macroeconômica em meio a recuperação tortuosa
PEQUIM (Reuters) - A China intensificará o suporte para a economia em meio a uma recuperação tortuosa pós-Covid e se concentrará na expansão da demanda doméstica, disse nesta segunda-feira o Politburo, órgão decisório do Partido Comunista chinês, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.
A segunda maior economia do mundo cresceu a um ritmo frágil no segundo trimestre, uma vez que a demanda enfraqueceu tanto na China quanto no exterior, aumentando a pressão sobre as autoridades para adotarem mais medidas de estímulo.
"Atualmente, a economia da China enfrenta novas dificuldades e desafios, que surgem principalmente da demanda interna insuficiente, dificuldades na operação de algumas empresas, riscos e perigos ocultos em áreas essenciais, bem como um ambiente externo sombrio e complexo", disse o Politburo segundo a Xinhua.
As autoridades prometeram "intensificar os ajustes da política macroeconômica, focar na expansão da demanda doméstica, aumentar a confiança e prevenir riscos, além de promover continuamente a melhoria das operações econômicas", disse a Xinhua.
A China implementará seus ajustes macroeconômicos de maneira precisa e contundente, à medida que o governo mantém uma política monetária prudente e uma política fiscal proativa, disse o Politburo.
Separadamente, o presidente Xi Jinping disse, segundo a Xinhua, que a China buscará alcançar suas metas anuais de desenvolvimento.
Embora o país está a caminho de atingir sua meta de crescimento para 2023 de cerca de 5%, há riscos de isso não ser alcançado pelo segundo ano seguido, dizem analistas.
A China irá expandir ativamente a demanda doméstica, ampliando a renda dos residentes para estimular o papel fundamental do consumo no crescimento econômico, ao mesmo tempo em que a acelera a emissão de títulos especiais locais para alimentar o investimento, disse a Xinhua.
O governo ainda aumentará o consumo de automóveis, eletrônicos e produtos de uso doméstico, e promoverá o consumo turístico, acrescentou a Xinhua.
(Por Ellen Zhang, Kevin Yao, Joe Cash, e redação de Pequim)