Otan faz promessa de adesão à Ucrânia enquanto Zelenskiy angaria apoio

Publicado em 07/07/2023 11:43

 

Por Robert Muller

PRAGA (Reuters) - O chefe da Otan disse nesta sexta-feira que a aliança militar se unirá em uma cúpula na próxima semana sobre como aproximar Kiev da adesão, enquanto o presidente da Ucrânia angariava apoio para sua candidatura em uma visita a vários países da Otan.

O presidente Volodymyr Zelenskiy visitou a República Tcheca e a Eslováquia um dia depois de realizar negociações na Bulgária, e deve viajar para Turquia ainda nesta sexta-feira, na próxima etapa de sua viagem.

Em Praga, ele ganhou uma promessa de apoio à adesão da Ucrânia à Otan "assim que a guerra (com a Rússia) terminar", e em Sofia garantiu apoio à adesão "assim que as condições permitirem". A Eslováquia disse que a questão da adesão de Kiev é "quando", não "se".

Em entrevista coletiva em Bratislava, Zelenskiy disse esperar união entre os países membros da Otan na cúpula de Vilnius e deseja passos concretos no movimento da Ucrânia para aderir à aliança.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, reiterou que a Ucrânia se tornará membro, mas a aliança está dividida sobre a rapidez com que isso deve acontecer. Alguns países temem qualquer passo que possa levar a aliança mais perto da guerra com a Rússia.

"Durante 500 dias, Moscou levou morte e destruição ao coração da Europa", disse Stoltenberg em uma entrevista coletiva em Bruxelas antes da cúpula da Otan de 11 a 12 de julho em Vilnius.

"Nossa cúpula enviará uma mensagem clara: a Otan permanece unida e a agressão da Rússia não renderá."

Zelenskiy reconheceu que é improvável que Kiev seja capaz de ingressar na Otan enquanto estiver em guerra com a Rússia.

Mas ele disse na quinta-feira que a Ucrânia precisa de "um sinal claro, algumas coisas concretas na direção de um convite" na cúpula, e não está claro o que será oferecido a Kiev em Vilnius.

O presidente russo, Vladimir Putin, citou a expansão da Otan em direção às fronteiras da Rússia nas últimas duas décadas como uma razão para sua decisão de enviar dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Ele ameaçou uma ação não especificada se a Ucrânia se juntar à Otan.

(Reportagem adicional de Jason Hovet e de Pavel Polityuk e Olena Harmash em Kiev)

Fonte: Reuters

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