Goldman Sachs prepara-se para crescimento lento da economia e inflação mais alta

Publicado em 08/06/2023 15:45 e atualizado em 08/06/2023 16:18

NOVA YORK (Reuters) - O Goldman Sachs. está se planejando para um período de crescimento lento e inflação mais alta, disse o presidente do banco, John Waldron, nesta quinta-feira, chamando o momento de "cenário de miniestagflação"

Haverá um ambiente mais difícil para os mercados de capital e financiamento, já que os presidentes-executivos das empresas permanecem cautelosos, disse Waldron em uma conferência da Bloomberg nesta quinta-feira.

"Estamos planejando que esse cenário seja mais provável, o que não significa que ele acontecerá", disse ele.

"Para mim, o principal debate é a inflação. Quando converso com nossos clientes (...) o maior debate que ouço é: quão rígida ela será", disse ele.

Apesar de a economia dos EUA mostrar resistência, os investidores continuam preocupados com a possibilidade de uma recessão em um ambiente de inflação persistente e altos custos de empréstimos.

Há incertezas quanto ao grau de desaceleração econômica, com muitos temendo que o impacto das taxas de juros mais altas ainda não tenha sido totalmente sentido em áreas como crédito privado ou imóveis.

Waldron disse que não pode dizer nada com certeza sobre mais cortes de pessoal no grupo, mas reiterou que "estamos administrando a empresa com mais rigor, estamos sendo mais cautelosos".

Espera-se que o Goldman Sachs corte pouco menos de 250 empregos nas próximas semanas, disse uma fonte familiarizada com o assunto à Reuters em maio. Em janeiro, a empresa dispensou cerca de 3.200 funcionários, sua maior redução de pessoal desde a crise financeira de 2008.

O executvo também disse que o apetite por risco de seus clientes está mais baixo.

"Certamente estamos vendo uma redução nos investimentos das empresas", disse ele.

"Ainda volto à combinação de inflação e geopolítica como duas grandes áreas sobre as quais precisamos ter um entendimento um pouco melhor", disse ele, referindo-se à guerra na Ucrânia e às relações entre os EUA e a China.

Fonte: Reuters

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