B3 mira mais cortes de despesas, mas melhora de margens dependerá de receita
SÃO PAULO (Reuters) - A B3 ainda tem espaço para buscar "eficiências" em despesas, mas o comportamento das margens da operadora da bolsa de valores de São Paulo no restante deste ano vai depender do desempenho das receitas, afirmou o diretor financeiro da empresa, André Veiga Milanez, nesta sexta-feira.
Na noite da véspera, a B3 divulgou lucro líquido recorrente praticamente estável sobre um ano antes, enquanto o faturamento recuou 3,3%, com um resultado pressionado pela queda nas receitas com ações e instrumentos de renda variável, em meio à volatilidade dos mercados com instabilidade do setor bancário ao redor do mundo e continuidade de juros e inflação em patamares elevados.
"Neste momento, o que posso dizer é que estamos mirando para ficarmos na ponta mais baixa do 'guidance' anunciado no final do ano passado", disse Milanez em conferência com analistas.
Em dezembro, a B3 divulgou projeção de ter desembolsos totais, incluindo despesas e investimentos, de 2,43 bilhões a 2,77 bilhões de reais em 2023.
O executivo comentou ainda que a B3 espera lançar ferramenta de block trading no começo do segundo semestre e que a companhia não vê necessidade de qualquer mudança na política de preços neste momento.
(Por Alberto Alerigi Jr.)