Itaú tem lucro maior no 1º tri, inadimplência estável
SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú Unibanco divulgou nesta manhã lucro líquido recorrente de primeiro trimestre em alta de 14,6% sobre o mesmo período do ano passado, a 8,435 bilhões de reais, em um resultado em linha com as expectativas do mercado e marcado por controle de custos e inadimplência estável na comparação com o final do ano passado.
O maior banco do país terminou o primeiro trimestre com 4.173 agências e pontos de atendimento, redução de 42 unidades em relação ao final de março do ano passado e queda ante dezembro, quando a base era de 4.231 agências. A base de caixas eletrônicos encolheu em 1.141 pontos.
Apesar do enxugamento da presença física do Itaú Unibanco, o banco elevou o número de funcionários em 862 empregados no primeiro trimestre na comparação anual, com a linha outras despesas operacionais crescendo 9,3% no período, a 16,16 bilhões de reais.
O Itaú Unibanco encerrou março com índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias de 2,9%, estável sobre o final de 2022, mas acima dos 2,6% registrados um ano antes. Mas a carteira de crédito subiu 11,7% no período, para 1,153 trilhão de reais.
O chamado índice de inadimplência antecedente, de operações vencidas entre 15 e 90 dias, passou de 2,3% no final do ano passado para 2,5% em março, o que, segundo o Itaú, marca a menor alta para um primeiro trimestre desde 2018.
O chamado "custo do crédito" disparou 30,4% na comparação anual, para 9,1 bilhão de reais, no primeiro trimestre, com os descontos concedidos crescendo 56,1%, a 868 milhões de reais.
"Essa variação (no custo do crédito) ocorreu principalmente nos negócios de varejo no Brasil, com aumento de 1,625 bilhão de reais da despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa, em função da maior originação em produtos de crédito ao consumo e sem garantia", afirmou o Itaú Unibanco no balanço.
O Itaú terminou março com uma margem financeira gerencial de 24,7 bilhões de reais, alta de 17,3% na comparação anual. O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido consolidado subiu no período de 20,4% para 20,7%.
(Por Alberto Alerigi Jr.)