Parecer do arcabouço deve ser divulgado até próxima 4ª-feira, diz relator

Publicado em 04/05/2023 08:01

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O relator do novo arcabouço fiscal na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), afirmou que apresentará seu parecer até a próxima quarta-feira, após nova leva de negociações com lideranças parlamentares.

O deputado, que passou o dia reunido com integrantes da equipe econômica e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acrescentou que suas sugestões serão analisadas pelo governo.

"Iniciaremos na semana que vem uma nova rodada de reuniões com as principais bancadas da Casa. A expectativa é apresentarmos até a próxima quarta-feira o nosso relatório", disse Cajado em nota à imprensa.

"As propostas apresentadas por mim e por nossa equipe técnica foram bem avaliadas, inclusive, pelo ministro que se prontificou a discutir com as equipes do governo as mudanças", disse o relator, referindo-se ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com quem se reuniu.

Cajado também esteve com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

POLUÍDO

Mais cedo, Lira afirmou, em entrevista à GloboNews, que faz um "trabalho incansável" para que o clima de embate político não contamine a votação das pautas econômicas no plenário e havia previsto que o parecer seria divulgado nesta quarta-feira.

O presidente da Câmara defendeu que o projeto do novo arcabouço não seja "poluído" como uma proposta de governo, mas de país.

"Penso que não", disse Lira, questionado se a proposta fiscal, prioritária para o governo, está em risco.

"Meu interesse não é atrapalhar... sou parceiro das pautas que vão desenvolver esse país", afirmou.

Lira aproveitou a entrevista para dizer que atualmente a articulação é o maior problema do governo: "reúne, reúne, reúne, e não decide". Lira garante ter levado a avaliação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o governo "reaja".

O governo depende do Congresso para botar em prática uma série de medidas que considera prioritárias como o arcabouço fiscal e a reforma tributária, entre outros.

Fonte: Reuters

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