Contraofensiva se aproxima e Ucrânia promete não desistir de Bakhmut

Publicado em 02/05/2023 08:56

Por Olena Harmash

KIEV (Reuters) - As Forças Armadas da Ucrânia prometeram nesta terça-feira não desistir da cidade de Bakhmut, no leste do país, enquanto se preparam para lançar uma contraofensiva contra as forças russas.

O general Oleksandr Syrskyi, comandante das forças terrestres ucranianas, ressaltou a importância que Kiev atribui à manutenção de Bakhmut conforme continua o preparativo para um contra-ataque com o qual espera mudar a dinâmica da guerra na Ucrânia.

A batalha por Bakhmut tem importância simbólica para ambos os lados, com a Ucrânia ainda mantendo algumas partes da cidade após meses de luta feroz contra as tropas regulares russas e combatentes da força mercenária Wagner.

"Juntamente com os comandantes, tomamos uma série de decisões necessárias com o objetivo de garantir a defesa eficaz e infligir perdas máximas ao inimigo", disse Syrskyi em comentários divulgados após uma visita às tropas que combatem em Bakhmut.

"Vamos continuar, apesar de todas as previsões e conselhos, a defender Bakhmut, destruindo Wagner e outras unidades com maior capacidade de combate do Exército russo", afirmou ele aos soldados em um vídeo de sua visita. "Damos às nossas reservas uma oportunidade de se preparar e estamos nos preparando para outras ações."

Syrskyi disse na segunda-feira que unidades ucranianas expulsaram forças russas de algumas posições em Bakhmut. O grupo Wagner declarou que suas unidades fizeram avanços incrementais lá. A Reuters não conseguiu verificar a situação do campo de batalha.

A Rússia vê Bakhmut, que já foi lar de 70.000 pessoas, como um impulso para atacar outras cidades ucranianas.

Espera-se que Kiev em breve lance sua contraofensiva, na esperança de retomar território ocupado pelas forças russas após a invasão em fevereiro de 2022.

A Casa Branca disse na segunda-feira que a Rússia esgotou seus estoques militares e Forças Armadas, com cerca de 100.000 soldados russos mortos ou feridos na Ucrânia nos últimos cinco meses.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente os números da Casa Branca.

Fonte: Reuters

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