Contraofensiva se aproxima e Ucrânia promete não desistir de Bakhmut
Por Olena Harmash
KIEV (Reuters) - As Forças Armadas da Ucrânia prometeram nesta terça-feira não desistir da cidade de Bakhmut, no leste do país, enquanto se preparam para lançar uma contraofensiva contra as forças russas.
O general Oleksandr Syrskyi, comandante das forças terrestres ucranianas, ressaltou a importância que Kiev atribui à manutenção de Bakhmut conforme continua o preparativo para um contra-ataque com o qual espera mudar a dinâmica da guerra na Ucrânia.
A batalha por Bakhmut tem importância simbólica para ambos os lados, com a Ucrânia ainda mantendo algumas partes da cidade após meses de luta feroz contra as tropas regulares russas e combatentes da força mercenária Wagner.
"Juntamente com os comandantes, tomamos uma série de decisões necessárias com o objetivo de garantir a defesa eficaz e infligir perdas máximas ao inimigo", disse Syrskyi em comentários divulgados após uma visita às tropas que combatem em Bakhmut.
"Vamos continuar, apesar de todas as previsões e conselhos, a defender Bakhmut, destruindo Wagner e outras unidades com maior capacidade de combate do Exército russo", afirmou ele aos soldados em um vídeo de sua visita. "Damos às nossas reservas uma oportunidade de se preparar e estamos nos preparando para outras ações."
Syrskyi disse na segunda-feira que unidades ucranianas expulsaram forças russas de algumas posições em Bakhmut. O grupo Wagner declarou que suas unidades fizeram avanços incrementais lá. A Reuters não conseguiu verificar a situação do campo de batalha.
A Rússia vê Bakhmut, que já foi lar de 70.000 pessoas, como um impulso para atacar outras cidades ucranianas.
Espera-se que Kiev em breve lance sua contraofensiva, na esperança de retomar território ocupado pelas forças russas após a invasão em fevereiro de 2022.
A Casa Branca disse na segunda-feira que a Rússia esgotou seus estoques militares e Forças Armadas, com cerca de 100.000 soldados russos mortos ou feridos na Ucrânia nos últimos cinco meses.
A Reuters não conseguiu verificar de forma independente os números da Casa Branca.