Ibovespa inverte sinal e recua nos primeiros negócios
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa de valores de São Paulo chegou a abrir em leve alta nesta terça-feira, mas inverteu a direção e passou a recuar pressionada por bancos e em meio a comentários de membro do Federal Reserve favorável à continuação de aumento dos juros nos Estados Unidos.
Os investidores ainda aguardam para esta terça-feira a entrega da nova regra fiscal ao Congresso, conforme reafirmado mais cedo pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Às 10h40, o Ibovespa exibia queda de 0,4%, 105.585,40 pontos, depois de ter encerrado no negativo na véspera pela terceira sessão consecutiva. O volume de negócios era de 2,73 bilhões de reais, segundo dados da B3.
O presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, afirmou em entrevista à Reuters que o banco central dos Estados Unidos deveria continuar elevando a taxa de juros com base em dados recentes que mostram que a inflação continua persistente, enquanto a economia em geral deve continuar crescendo, mesmo que lentamente.
Nesta terça-feira, o Departamento de Comércio dos EUA, afirmou que o início de construção de moradias no país aumentou em março, enquanto as licenças para construções futuras cresceram, sugerindo que o pior da queda do mercado imobiliário provavelmente ficou para trás.
O movimento do Ibovespa estava descolado das bolsas norte-americanas, com Nasdaq abrindo em alta de 0,6%, S&P com ganho de 0,4% e Dow Jones próxima da estabilidade, com investidores de olho em resultado acima do esperado do Bank of America no primeiro trimestre.
DESTAQUES
FLEURY ON exibia estabilidade, a cotada a 14,54 reais. Na véspera, a companhia de medicina diagnóstica afirmou que a combinação dos negócios com a rival Hermes Pardini deve gerar um incremento de Ebitda anual de 200 milhões a 220 milhões de reais.
ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN recuavam 0,9% e 1,7% respectivamente, com BANCO DO BRASIL ON mostrando baixa de 0,9% e SANTANDER BRASIL UNIT em queda de 1,3%.
VALE ON reduzia ganhos da abertura e operava com oscilação positiva de 0,1%, apoiada em parte em dados que mostraram crescimento da economia da China em um ritmo de 4,5% no primeiro trimestre em relação a um ano antes, maior que o esperado.
PETROBRAS ON e PETROBRAS PN operavam no vermelho, com quedas de 0,6% e 0,1%, respectivamente, em meio a uma relativa estabilidade nos preços do petróleo no exterior.
(Por Alberto Alerigi Jr.)