Recuperação da zona do euro acelerou em março com demanda por serviços, mostra PMI
LONDRES (Reuters) - A recuperação da zona do euro acelerou no mês passado, mas a recuperação foi desigual entre indústrias e países, de acordo com uma pesquisa que mostrou que as pressões de preços permaneceram elevadas na região.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto da S&P Global, visto como um bom indicador da saúde econômica geral, subiu em março para 53,7, máxima em 10 meses, ante 52,0 em fevereiro, mas abaixo da leitura preliminar de 54,1.
Março foi o terceiro mês consecutivo acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
"A economia da zona do euro continua a se recuperar da pausa que vimos no final de 2022 e a última pesquisa do PMI garantirá nova convicção à visão de que, pelo menos por enquanto, a zona do euro está livre de uma recessão", disse Joe Hayes, economista sênior da S&P Global.
"O aumento de março na atividade econômica refletiu principalmente o forte crescimento no setor de serviços. O ímpeto aqui é encorajador, dado o aperto na renda familiar devido à inflação alta e ao aumento dos custos de empréstimos."
O PMI que cobre o setor de serviços saltou para 55,0 ante 52,7 em fevereiro, embora abaixo da preliminar de 55,6.
Isso contrasta com um PMI de indústria publicado na segunda-feira, que mostrou que a atividade nas fábricas caiu ainda mais no mês passado, uma vez que os consumidores sentiram o aperto do aumento do custo de vida.
A S&P Global disse que também há uma diferença entre os países membros, com um considerável impulso ascendente ao crescimento vindo da Espanha e, em menor grau, da Itália. Mas a atividade na Alemanha e na França aumentou apenas modestamente, pintando um quadro mais conservador da saúde econômica.
Apesar do aumento dos custos, a demanda por serviços atingiu o pico em 10 meses e o índice de novos negócios subiu de 52,2 para 54,2, em parte impulsionado por um aumento na demanda de exportação pela primeira vez desde maio do ano passado.
(Reportagem de Jonathan Cable)