Focus: Mercado reduz expectativa de inflação para este ano, mas sobe conta para 2024 e 2025

Publicado em 27/03/2023 09:13

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O mercado reduziu marginalmente sua projeção de inflação para este ano, mas voltou a elevar as estimativas para 2024 e 2025, enquanto manteve seus prognósticos para a taxa Selic e fez ajustes nas perspectivas para a atividade econômica.

Economistas esperam agora que o IPCA suba 5,93% em 2023, contra taxa de 5,95% estimada na semana anterior. Esse foi o segundo ajuste para baixo na conta para a inflação depois de uma leitura estável no início de março, que se seguiu a uma longa sequência de altas.

Para o ano que vem e 2025, a projeção de inflação subiu ligeiramente para 4,13% e 4,00%, respectivamente, de 4,11% e 3,90% antes. Investidores têm temido uma desancoragem das expectativas para o IPCA após recentes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à conduta da política monetária pelo Banco Central, com o nível de 13,75% da taxa Selic na mira do governo.

O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e, para 2024 e 2025, é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Os economistas sondados na pesquisa Focus mantiveram expectativas de que os juros básicos encerrarão este ano em 12,75% e o próximo em 10,00%.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano melhorou marginalmente a 0,90%, de 0,88% na semana anterior. Para 2024, a projeção caiu a 1,40%, de 1,47% antes.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Equipe econômica detalha na próxima semana corte de gasto com revisão de programas do governo, diz Tebet
Ibovespa recua e fecha na mínima em duas semanas, abaixo de 127 mil pontos
Wall Street fecha em leve baixa antes de balanços de grandes empresas de tecnologia
Kamala Harris ataca Trump e promete compaixão contra caos no seu primeiro comício
Dólar acompanha exterior e volta a subir ante real
Taxas futuras de juros sobem em dia de pressão para emergentes e receios com área fiscal