Biden desafia republicanos com orçamento que eleva impostos e prepara candidatura para 2024

Publicado em 09/03/2023 09:19

Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viajará para o Estado da Pensilvânia nesta quinta-feira para apresentar um plano orçamentário federal repleto de propostas de gastos e impostos mais altos para os ricos que formarão uma plataforma para sua esperada candidatura à reeleição em 2024.

O plano de Biden, que ressuscita muitos itens retirados do plano orçamentário do ano passado, enfrenta uma oposição ainda mais dura no Congresso este ano, depois que os republicanos conquistaram o controle da Câmara dos Deputados nas eleições de meio de mandato de novembro.

A proposta desafia diretamente a ameaça do presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy, de bloquear um aumento no limite de 31,4 trilhões de dólares para empréstimos federais, a menos que Biden concorde em controlar os gastos federais.

O presidente democrata destacará os planos para reduzir o déficit do país em quase 3 trilhões de dólares em 10 anos, aumentando os impostos sobre aqueles que ganham mais de 400.000 dólares por ano e encerrando os incentivos fiscais corporativos decretados em 2017 pelo então presidente Donald Trump.

Uma autoridade da Casa Branca, que não está autorizada a falar publicamente, comparou a visão de Biden com a dos republicanos, dizendo que o orçamento reduziria o déficit dos EUA e aliviaria custos para as famílias.

O plano orçamentário de Biden propõe financiar despesas mais altas e limitar o déficit, impondo um imposto mínimo de 25% aos bilionários e dobrando o imposto sobre ganhos de capital de 20%, disse a autoridade da Casa Branca. Biden também disse que o orçamento proporá quadruplicar um imposto de recompra de ações de 1%, ao mesmo tempo em que perseguirá corporações e indivíduos ricos que deixarem de pagar impostos.

Biden promete proteger aqueles que ganham menos de 400.000 dólares por ano de aumentos de impostos e salvaguardar a Previdência Social, o Medicare e o Medicaid.

(Por Andrea Shalal e Trevor Hunnicutt, reportagem adicional de David Morgan)

Fonte: Reuters

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