OMS recomenda que China monitore excesso de mortalidade por Covid-19

Publicado em 17/01/2023 07:45 e atualizado em 17/01/2023 08:54

LONDRES/GENEBRA (Reuters) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta segunda-feira que recomendou que a China monitore o excesso de mortalidade causada pela Covid-19 para obter uma imagem mais completa do impacto do aumento de casos da doença no país.

A China disse no sábado que quase 60.000 pessoas com Covid-19 morreram em hospitais desde que o país abandonou sua política de Covid zero no mês passado, um grande salto em relação aos números relatados antes de enfrentar críticas internacionais sobre seus dados da doença.

"A OMS recomenda o monitoramento do excesso de mortalidade, o que nos fornece uma compreensão mais abrangente do impacto da Covid-19", disse a agência da ONU à Reuters em um comunicado quando questionada sobre a China.

"Isto é especialmente importante durante os períodos de surtos, quando o sistema de saúde está severamente limitado."

A OMS acrescentou que não havia horário fixo para outra reunião com autoridades chinesas depois que o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, falou com Ma Xiaowei, diretor da Comissão Nacional de Saúde da China, no fim de semana, mas que continuaria trabalhando com a China para fornecer aconselhamento e apoio.

Depois de criticar Pequim pela falta de franqueza sobre a escala do surto da doença no país, a OMS disse no sábado que as autoridades chinesas forneceram informações sobre mortes hospitalares e atendimento ambulatorial que permitiram uma melhor compreensão da situação.

Lawrence Gostin, professor da Universidade Georgetown Law em Washington, que acompanha de perto a OMS, disse que a decisão da China de revelar mais dados se deve à "insistência da OMS".

"Obter números de mortos mais precisos é revigorante", disse ele. "Mas seria ainda mais importante obter GSD (dados de sequência genética) completos do vírus circulante na China. Essa é realmente a grande preocupação global."

(Reportagem de Jennifer Rigby, em Londres, e Emma Farge, em Genebra)

Fonte: Reuters

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