BC russo mantém juros em 7,5% com aumento dos riscos de inflação

Publicado em 16/12/2022 09:52

Por Alexander Marrow

MOSCOU (Reuters) - O banco central da Rússia manteve a taxa básica de juros em 7,5% em sua última reunião do ano, nesta sexta-feira, mas descatou os riscos da inflação à frente e disse que a mobilização militar do país está aumentando a escassez de mão de obra.

"O balanço de riscos de médio prazo continua inclinado para os riscos pró-inflação", disse o banco em comunicado. "A escassez de mão de obra está aumentando em muitos setores em meio aos efeitos da mobilização parcial".

A onda de cortes de juros pelo banco central terminou em setembro, após a reversão gradual de um aumento emergencial da taxa para 20% no final de fevereiro, após a decisão da Rússia de enviar dezenas de milhares de soldados à Ucrânia e a imposição de amplas sanções ocidentais em resposta.

O Banco da Rússia fez seis cortes nos juros desde fevereiro, mas agora manteve-os em 7,5% em suas duas últimas reuniões. Em outubro, alertou que a mobilização militar parcial, ordenada pelo presidente Vladimir Putin em setembro, poderia alimentar a inflação no longo prazo devido ao encolhimento da força de trabalho.

A manutenção da taxa nesta sexta-feira estava em linha com a previsão de analistas consultados pela Reuters nesta semana.

A inflação, que o banco central almeja em 4%, estava em 12,65% em 12 de dezembro, de acordo com o Ministério da Economia. A previsão de inflação de final de ano do banco central é entre 12% e 13%.

(Reportagem de Alexander Marrow)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ações europeias terminam em alta após série de balanços corporativos impressionante
Primeiro semestre na Câmara teve como destaque a aprovação de regras da reforma tributária
ONS vê principais reservatórios de hidrelétricas em 55% da capacidade ao final de agosto
Governo central acumula déficit de 68,7 bi até junho; Tesouro vê convergência à meta zero no 2º semestre
Ibovespa tem alta modesta com apoio de Vale; Usiminas desaba
Wall St abre em alta com recuperação de megacaps e dados de inflação no foco