Acordo comercial do Equador com a China está "praticamente fechado", diz Lasso
GUAYAQUIL, Equador (Reuters) - O presidente do Equador, Guillermo Lasso, disse nesta quarta-feira que o país está prestes a fechar um acordo de livre comércio com a China, um pacto que aumentaria as exportações e impulsionaria o emprego na indústria manufatureira do país sul-americano.
"Foi realizada uma negociação altamente eficiente em menos de 10 meses e posso confirmar que o acordo está praticamente fechado", disse Lasso durante encontro de empresários da China e da América Latina na cidade de Guayaquil.
O Equador começou a negociar com Pequim em fevereiro, com o objetivo de fechar um acordo até o final deste ano. O acordo deve garantir um adicional de 1 bilhão de dólares em exportações equatorianas para a China.
"Os interesses de nossos setores industriais foram levados em consideração, garantindo a proteção do emprego nas áreas fabris", acrescentou Lasso.
Na última década, a China se tornou o principal parceiro financeiro do Equador, com empréstimos de milhões de dólares vinculados a contratos de longo prazo de entrega de petróleo bruto e investimentos de milhões de dólares em hidrelétricas e mineração.
Entre janeiro e setembro deste ano, as exportações não petrolíferas do Equador para a China totalizaram 4,45 bilhões de dólares, com o presidente esperando um crescimento de 51% até o final de 2022, em relação a 2021.
Lasso, que assumiu o cargo em maio, disse que mais comércio e investimentos estrangeiros são essenciais para estimular a economia do país, atingida pela pandemia de Covid-19.
O Equador também planeja assinar este ano um acordo comercial com o México, para garantir sua entrada na Aliança do Pacífico, além de acordos com a Coréia do Sul e a República Dominicana.
(Reportagem de Yury García)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC