Preços ao produtor da China caem, inflação ao consumidor desacelera por demanda fraca

Publicado em 09/12/2022 08:02

PEQUIM (Reuters) - Os preços ao produtor da China mostraram queda anual pelo segundo mês em novembro, enquanto a inflação ao consumidor diminuiu, indicando fraqueza da atividade e da demanda em uma economia que tem sido travada por rígidos controles contra a pandemia.

Analistas disseram esperar que o governo mantenha as taxas de juros baixas e tome medidas para aumentar a confiança.

O índice de preços ao produtor caiu 1,3% em relação ao ano anterior, mesma taxa de contração anual observada em outubro, de acordo com dados da Agência Nacional de Estatísticas divulgados nesta sexta-feira. A expectativa em pesquisa da Reuters era de recuo de 1,4%.

Já o índice de preços ao consumidor de novembro subiu no ritmo mais lento em oito meses, subindo 1,6% em relação ao ano anterior, contra 2,1% em outubro e em linha com pesquisa da Reuters.

"Estes dados sugerem que o impulso econômico está enfraquecendo", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management

Uma reunião política de alto nível na terça-feira, encontro do Politburo do Partido Comunista, enfatizou que em 2023 o governo se concentrará em estabilizar o crescimento, promover a demanda interna e abrir-se para o mundo exterior.

Zhang disse que, embora o governo tenha aliviado os controles da pandemia na última semana, ele tomará mais medidas para estimular a economia.

"A reunião do Politburo ... identificou a fraqueza da confiança como um grande problema para a economia", disse ele. "Eu espero que o governo faça mais para aumentar a confiança do mercado e das famílias. O ritmo acelerado da reabertura indica o senso de urgência do governo."

O crescimento da segunda maior economia do mundo tem sido difícil este ano, em grande parte impactado pelas restrições intransigentes contra a Covid-19 enquanto a demanda global também vacila.

A deflação dos preços ao produtor e a inflação mais branda dos preços ao consumidor de novembro acompanharam infecções recordes de Covid-19 e restrições que interromperam a produção e reduziram a mobilidade.

(Reportagem de Liangping Gao e Liz Lee)

Fonte: Reuters

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