Reuters: PL formaliza candidatura de Rogério Marinho à presidência do Senado

Publicado em 07/12/2022 13:44

Por Eduardo Simões

(Reuters) - O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, formalizou nesta quarta-feira a candidatura de Rogério Marinho (RN) para a presidência do Senado no ano que vem e o senador eleito afirmou que quer comandar a Casa, e consequetemente o Congresso Nacional, para defender o que classificou de "legado de conquistas" dos últimos seis anos.

"Senadores do PL entenderam a necessidade de apresentarmos uma candidatura ao Senado da República, à presidência do Senado da República, à presidência do Congresso Nacional, agora no biênio de 2023/2024, e nos coube a honra de sermos o escolhido", disse Marinho, ex-ministro de Bolsonaro e eleito em outubro ao Senado, a jornalistas em Brasília.

"A necessidade em função das ameaças que estão postas no cenário, de retrocesso, de danificar esse legado, que é um legado da sociedade brasileira, é importante que tenhamos um Senado independente, um Senado que tenha altivez e que tenha a capacidade de fazer as tratativas necessárias para, ao mesmo tempo preservarmos esse legado em benefício da sociedade brasileira, e avançarmos nas mudanças estruturantes que estavam ocorrendo nos últimos seis anos", acrescentou.

Marinho fez o anúncio ao lado de outros senadores do PL, entre eles Flávio Bolsonaro (RJ), filho mais velho do presidente da República.

O senador eleito disse que, a partir do anúncio desta quarta, iniciará conversas com outros partidos em busca de apoio e afirmou que um apoio do PP, presidido pelo atual ministro-chefe da Casa Civil e também senador Ciro Nogueira (PI), à sua candidatura tem "grande possibilidade de ser consolidado nos próximos dias".

Marinho lembrou que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou, ao anunciar apoio a Arthur Lira (PP-AL) à reeleição à presidência da Câmara dos Deputados, que contava com a reciprocidade de um apoio do PP a um nome do PL no Senado. O PT, partido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, também anunciou apoio à reeleição de Lira.

"Nós não pretendemos ser e nem faremos uma presidência contra o país, de oposição ao país, mas seremos candidatos para sermos um Senado a favor do Brasil, dos brasileiros e da democracia brasileira", disse.

"A partir de agora nós começamos a conversar com outros partidos, com outros atores políticos desta Casa que representam uma parcela significativa do eleitorado brasileiro e que certamente comungam conosco dos mesmos propósitos, da mesma condição programática e da defesa das conquistas que foram asseguradas nos últimos anos."

Recentemente, o presidente do PL anunciou que o partido --que elegeu as maiores bancadas na Câmara e no Senado em outubro-- fará oposição a Lula. Ele disse que Bolsonaro ocupará o cargo de presidente de honra da legenda.

A expectativa é de o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), buscar a recondução ao comando da Casa na eleição da mesa diretora do Senado, que se dará no início de fevereiro. Pacheco deverá contar com o apoio dos aliados de Lula nessa disputa.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Cerca de 80 países chegam a acordo sobre comércio eletrônico, mas sem apoio dos EUA
Brasil terá bandeira verde para tarifa de energia em agosto, diz Aneel
Wall Street termina em alta com apoio de dados de inflação e ações de tecnologia
Ibovespa avança mais de 1% impulsionado por Vale e quase zera perda na semana; Usiminas desaba
Dólar acumula alta de quase 1% na semana em que real foi pressionado pelo iene
Podcast Foco no Agronegócio | Olho no mercado | Macroeconomia | Julho 2024