Biden afirmou a aliados que míssil que atingiu Polônia era defesa aérea ucraniana, diz fonte
Por Marek Strzelecki
VARSÓVIA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse a aliados que um míssil que matou duas pessoas na Polônia era um míssil ucraniano de defesa aérea, afirmou uma fonte da Otan nesta quarta-feira.
Mais cedo, Biden disse publicamente que era improvável que o míssil tivesse sido disparado da Rússia. Se confirmado, isso provavelmente aliviaria a preocupação de que o primeiro incidente mortal em um país da Otan desde o início da guerra na Ucrânia pudesse levar a uma escalada.
Os embaixadores da Otan realizariam uma reunião de emergência nesta quarta-feira para discutir a explosão de terça-feira em uma secadora de grãos no leste da Polônia, perto da fronteira ucraniana, que ocorreu enquanto a Rússia disparava dezenas de mísseis contra cidades da Ucrânia.
Kiev afirma que derrubou a maioria dos mísseis russos com seus próprios mísseis de defesa aérea. A região de Volyn, na Ucrânia, foi uma das muitas que a Ucrânia diz ter sido alvo de ataques da Rússia.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que nenhum de seus mísseis atingiu menos de 35 km da fronteira polonesa, e que as fotos dos destroços mostravam elementos de um míssil de defesa aérea ucraniano S-300.
Questionado se era muito cedo para dizer se o míssil foi disparado da Rússia, Biden disse: "Há informações preliminares que contestam isso. Não quero dizer isso até que investiguemos completamente, mas é improvável, nas linhas de trajetória, que foi disparado da Rússia, mas veremos."
Os Estados Unidos e os países da Otan vão investigar completamente antes de agir, afirmou Biden na Indonésia, depois de se encontrar com outros líderes ocidentais à margem de uma cúpula das grandes economias do G20.