Coreia do Norte dispara outro míssil e sul-coreanos recuperam partes de arma da era soviética
Por Hyonhee Shin e Josh Smith
SEUL (Reuters) - A Coreia do Norte disparou pelo menos um míssil balístico no mar nesta quarta-feira, enquanto a Coreia do Sul disse ter identificado destroços de um lançamento anterior como parte de um míssil terra-ar SA-5 da era soviética.
A Guarda Costeira do Japão disse que o míssil balístico parece ter caído no mar minutos depois que o lançamento foi relatado.
O míssil voou a uma altitude de até 50 km, com um alcance de 250 km, disse o ministro da Defesa do Japão, Yasukazu Hamada, a repórteres.
Ele disse que o governo apresentou um forte protesto à Coreia do Norte por meio de canais diplomáticos através de Pequim, e que Tóquio condenou fortemente o lançamento.
O Estado-Maior Conjunto (JCS) de Seul também afirmou ter detectado o lançamento de um míssil balístico não especificado a partir da Coreia do Norte.
O lançamento ocorreu depois que a Coreia do Sul concluiu uma análise do que inicialmente disse ser parte de um míssil balístico de curto alcance (SRBM) norte-coreano que caiu perto das águas sul-coreanas na semana passada.
A análise, no entanto, mostrou que a peça, com cerca de 3 metros de comprimento e 2 metros de largura, fazia parte de um míssil antiaéreo SA-5, disse o Ministério da Defesa, citando sua aparência e características.
O ministério condenou veementemente o lançamento do míssil na ocasião, chamando-o de violação de um pacto militar inter-coreano de 2018 que proíbe quaisquer atividades que alimentam as tensões nas fronteiras.
"Este lançamento de míssil SA-5 foi uma provocação claramente deliberada e intencional", disse em comunicado. “O SA-5 também tem características de um míssil superfície-superfície, e a Rússia usou mísseis semelhantes na Ucrânia para ataques superfície-superfície”.
Foi a primeira vez que um míssil balístico norte-coreano caiu perto das águas sul-coreanas.
Os militares da Coreia do Norte disseram que os lançamentos foram ataques simulados contra Coreia do Sul e Estados Unidos, criticando seus exercícios como um "perigoso e agressivo exercício de guerra".
(Reportagem adicional de Kantaro Komiya e Daniel Leussink em Tóquio)