Ações da China caem em meio a surtos de Covid e incertezas
SHANGHAI (Reuters) - As ações da China sofreram nova queda nesta sexta-feira após as vendas de pânico na segunda-feira, levando as principais referências para novas mínimas em anos, em meio a receios persistentes de que a nova equipe de liderança da China colocará a política acima do crescimento econômico.
Os recentes surtos de Covid-19 e as rigorosas medidas contra o vírus também frustraram as esperanças dos investidores de uma flexibilização significativa da política chinesa de Covid zero após o Congresso do Partido Comunista, aumentando as preocupações de um panorama econômico sombrio.
O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou em queda de 2,47%, tocando o nível mais baixo em dois anos e meio, enquanto o índice de Xangai caiu 2,25%.
O Índice Hang Seng de Hong Kong recuou 3,66%, para atingir novas mínimas desde a crise financeira global de 2008-09.
O sentimento dos investidores foi abalado quando o presidente Xi Jinping garantiu um terceiro mandato e introduziu o novo Comitê Permanente da Politburo, cheio de legalistas.
"A maior concentração de poder sob o presidente Xi pode levar os investidores a precificar o risco de uma continuação dos controles pandêmicos, menos apoio ao setor privado, maiores tensões geopolíticas com os Estados Unidos e maior risco de erros", escreveu o UBS em uma nota.
. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,88%, a 27.105 pontos.
. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 3,66%, a 14.863 pontos.
. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 2,25%, a 2.915 pontos.
. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 2,47%, a 3.541 pontos.
. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,89%, a 2.268 pontos.
. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 1,07%, a 12.788 pontos.
. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 1,46%, a 3.059 pontos.
. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,87%, a 6.785 pontos.