Reuters: Roberto Jefferson é indiciado pela PF por 4 tentativas de homicídio após tiros de fuzil e granadas contra agentes

Publicado em 24/10/2022 16:24

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ex-deputado federal Roberto Jefferson foi indiciado nesta segunda-feira pela Polícia Federal por quatro tentativas de homicídio por conta dos disparos de fuzil realizados contra agentes da PF antes de ser preso no domingo, informou a corporação.

Aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), que é candidato à reeleição, Jefferson foi preso após várias horas de negociações com agentes da PF que foram até a casa do ex-deputado no interior do Estado do Rio de Janeiro para cumprir uma decisão que revogava a prisão domiciliar dele. Na chegada da PF, o ex-parlamentar lançou granadas e atirou contra os agentes, deixando dois policiais federais feridos.

Jefferson acabou sendo preso em flagrante devido ao ataque, o que gerou o indiciamento do ex-deputado, de acordo com a assessoria de imprensa da PF.

Os dois policiais federais feridos por estilhaços de granadas lançadas pelo ex-parlamentar estão fora de perigo.

Gustavo Cunha, advogado do ex-deputado, disse que Jefferson não tentou matar os policiais e fez os disparos "para dar susto".

"Entendo que o Roberto não tentou matar os policiais. Ele estava numa posição privilegiada, facilmente teria matado todos os policiais se quisesse. Não atirou neles, foi tiro para dar susto, tipo: ´sai daqui´“, afirmou o advogado.

O ex-parlamentar está detido em um presídio na zona norte do Rio de Janeiro passará por audiência de custódia nesta segunda. Segundo o advogado, dificilmente será concedido um habeas corpus.

"Quem continua como juiz dele é o Alexandre de Moraes. O Roberto Jefferson é um dos presos favoritos do Moraes“, afirmou o advogado, que contestou o mérito da prisão no âmbito do processo das chamadas milícias digitais.

"Há quatro meses o pleno do STF decidiu que os autos do processo deveriam baixar para a vara federal porque o STF não tinha competência. Há quatro meses o Roberto peticiona pedido e o Alexandre de Moraes ignora totalmente", disse.

O ex-deputado havia sido inicialmente preso em caráter preventivo em agosto de 2021 pela PF, por determinação de Moraes, em uma investigação que incitação ao crime e ataques a instituições.

Jefferson estava em prisão domiciliar desde janeiro e proibido de usar as redes sociais. No entanto, em um vídeo publicado nas redes, ele fez ofensas à ministra Cármen Lúcia, do STF, o que motivou a revogação de sua prisão domiciliar e a determinação para que fosse novamente preso.

(Por Rodrigo Viga Gaier; Edição de Pedro Fonseca)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa fecha em alta, mas tem maior perda semanal deste setembro com preocupação fiscal
Dólar termina semana com valor recorde de R$6,0012 no fechamento
S&P 500 e Dow Jones fecham em recordes com  impulso de ações de tecnologia
Vendas de diesel no Brasil batem recorde em outubro, diz ANP
Europeu STOXX 600 avança com ações de tecnologia
Galípolo diz que BC não defende nível de câmbio e só atua em caso de disfuncionalidade
undefined