Guedes descarta alterações na regra de correção do salário mínimo e aposentadorias agora
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira que o salário mínimo e as aposentadorias do INSS seguirão sendo corrigidos pela inflação, como acontece atualmente, e que poderão ter aumento real quando houver espaço fiscal.
"Você está com o jogo correndo, você não vai mudar de repente a regra agora. A aposentadoria e o salário mínimo vão subir de acordo com a inflação porque é o que está valendo, então vamos fazer isso", afirmou Guedes a jornalistas após evento no Rio.
O ministro afirmou, ainda, que depois da contribuição dos servidores públicos durante a pandemia, o governo se programa para voltar a dar reajustes ao funcionalismo. Em 2023, o aumento poderia ser entre 5% e 5,5% em 2023, a um custo de 10 bilhões de reais, afirmou.
Guedes acrescentou que o governo já tem acordada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para viabilizar a taxação de lucros e dividendos e levantar assim os recursos necessários para financiar o Auxílio Brasil de 600 reais a partir do próximo ano.
"Você precisa ter a tributação de lucros e dividendos, para distribuir os recursos para os mais frágeis. Aproveitando que nós vamos fazer isso nós vamos consertar o teto", disse Guedes.
(Por Rodrigo Viga Gaier)