Ações europeias têm forte queda com dados de inflação dos EUA
Por Shreyashi Sanyal e Susan Mathew
(Reuters) - As ações europeias caíram 1,6% nesta terça-feira e recuaram de máximas em duas semanas atingidas mais cedo, conforme dados de inflação mais elevados do que o esperado nos Estados Unidos consolidaram apostas em outro grande aumento da taxa básica de juros pelo banco central dos EUA.
Os papéis de tecnologia, mais sensíveis aos juros, caíram 3,2% e foram o que mais pesaram no índice geral, enquanto as ações imobiliárias perderam 3,9%. O defensivo setor de serviços públicos foi o único a ganhar entre os principais subsetores da Europa.
A inflação dos EUA foi a 8,3% em agosto, leitura maior do que o esperado, e o núcleo da inflação acelerou em meio ao aumento dos custos de aluguéis e saúde, o que dá ao Federal Reserve munição para entregar um terceiro incremento da taxa básica de 0,75 ponto percentual na quarta-feira da semana que vem.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 1,55%, a 421,13 pontos, e encerrou uma série de três sessões de ganhos.
"O Fed é o banco central dos EUA, mas é também o banco central do mundo. E quando está drenando a liquidez, isso tem impactos nas avaliações de ativos em todos os lugares", disse Patrick Armstrong, diretor de investimentos da Plurimi Wealth.
As ações de tecnologia perdem quase 30% até agora este ano --entre as quedas setoriais mais acentuadas na Europa depois de papéis imobiliários e de varejo-- à medida que investidores se posicionam para um ambiente de altas taxas de juros em meio a um aumento da inflação pós-pandemia.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,17%, a 7.385,86 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,59%, a 13.188,95 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,39%, a 6.245,69 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,36%, a 22.303,86 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,59%, a 8.064,00 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,91%, a 6.025,52 pontos.