BC da China pede aos bancos que elevem volume de empréstimos, dizem fontes

Publicado em 26/08/2022 10:55

O banco central da China intensificou a pressão sobre as instituições financeiras com novas instruções para elevação do volume de empréstimos, disseram seis banqueiros com conhecimento do assunto.

A mensagem informal, emitida por telefone nos últimos meses para bancos comerciais, rurais e até estrangeiros, é emprestar mais dinheiro a empresas produtivas e colocar menos recursos em investimentos financeiros, disseram as fontes.

As ligações, segundo as fontes, vieram do Banco Popular da China (PBOC) e, em um caso, da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China (CBIRC).

"O objetivo é incentivar os bancos a conceder mais empréstimos e colocar um piso como suporte da economia real", disse uma das fontes.

"Se você não empresta, você não pode investir."

O PBOC não comentou. O CBIRC, regulador bancário da China, não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

Três das fontes disseram que os bancos receberam uma nova exigência por meio de telefonemas para garantir que o crescimento dos empréstimos superasse os investimentos financeiros.

Outra fonte, de um banco rural, disse que seu banco foi incentivado a emprestar para pequenas empresas que sofreram o impacto de consumo mais lento e confiança em queda.

Há ainda banqueiros que receberam cotas de empréstimos mais altas pelo regulador bancário e pelo banco central, ou foram instruídos a registrar crescimento de empréstimos ano a ano em todos os meses após maio, disseram as pessoas.

Tais diretrizes informais não são novas, mas desta vez envolvem uma gama mais ampla e um maior número de bancos, de acordo com as fontes.

O valor do financiamento social total, uma medida ampla de crédito e liquidez na economia, atingiu o menor nível em seis anos em julho. No mesmo mês, os empréstimos domésticos pendentes de bancos e outras instituições financeiras depositárias cresceram 11% em relação ao ano anterior, o que foi ofuscado por um aumento de 17% nos investimentos em carteira de títulos, segundo dados mais recentes do banco central.

Fonte: Reuters

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