Especulador faz maior compra de reais desde maio, mas posicionamento ainda é tímido

Publicado em 19/08/2022 17:59

SÃO PAULO (Reuters) - Especuladores que operam na Bolsa Mercantil de Chicago (CME) voltaram a comprar reais na semana finda no último dia 16, adquirindo o maior volume de contratos desde maio, mas a posição favorável à moeda brasileira ainda é tímida e distante dos patamares recentes, indicativo de desconfiança do investidor.

Nos sete dias até 16 de agosto, esse grupo de investidores --conhecido por posições direcionais e mais agressivas-- tomou, em termos líquidos, 4.790 contratos futuros de real registrados na divisão do CME Group conhecida como IMM (International Monetary Market). Os números foram compilados pela CFTC e pela Reuters.

O IMM cuida de operações com futuros de moedas, taxas de juros e índice de ações, por exemplo.

A compra líquida é a maior desde o fim de maio (6.602 contratos). O estoque das posições está comprado --ou seja, apostando na valorização do real-- em 4.790 contratos. Há cerca de três semanas, era de 11.712 contratos; em meados de junho, 44.345 contratos.

No início de março, as apostas a favor do real bateram recorde de 50.496 contratos. Naquele mês, a taxa de câmbio chegou a ficar abaixo de 4,75 por dólar.

A moeda norte-americana fechou esta sexta-feira em 5,1685 reais, acumulando alta perto de 2% ao fim de uma semana de perdas para a divisa brasileira, em meio a preocupações globais com inflação e aperto da política monetária norte-americana.

 

(Por José de Castro; edição de Bernardo Caram)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Cerca de 80 países chegam a acordo sobre comércio eletrônico, mas sem apoio dos EUA
Brasil terá bandeira verde para tarifa de energia em agosto, diz Aneel
Wall Street termina em alta com apoio de dados de inflação e ações de tecnologia
Ibovespa avança mais de 1% impulsionado por Vale e quase zera perda na semana; Usiminas desaba
Dólar acumula alta de quase 1% na semana em que real foi pressionado pelo iene
Podcast Foco no Agronegócio | Olho no mercado | Macroeconomia | Julho 2024